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‘Reforma é tímida’, diz professora

Para a professora doutora em Filologia e Lingüística, do Departamento de Letras da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Sonia Aparecida Lopes Benites, as mudanças são poucas e não deverão gerar conseqüências.

Ela afirma que não é contra a reforma ortográfica, mas não crê em mudanças substanciais. “A escrita procura retratar a fala e não o contrário.

As diferenças mais importantes, como as de pronúncia, de estrutura frasal ou de vocabulário, não têm como ser mudadas, pois são características de cada variante regional”, explicou.

Na avaliação de Sônia, a inclusão das letras K, Y e W é uma mera formalização do que acontece com nomes próprios e abreviações.

A professora afirma que a reforma ortográfica não é coerente e gera confusão. “Cai o acento agudo do ditongo em ‘heróico’, entretanto, ‘herói’ continuará acentuado”, comenta.

O Novo Acordo Ortográfico, segundo ela, não facilita a integração dos países que falam a língua portuguesa. Pelo contrário, confirma as diferenças no uso da língua.

“A ortografia atual não impede que os brasileiros tenham acesso à literatura de Saramago ou que os portugueses possam fruir a poesia de Drummond”, complementa.

Na opinião da professora, seria mais importante tornar obras clássicas mais acessíveis aos usuários de países que falam o português, do que gastar dinheiro reeditando clássicos da literatura.

 

Redação