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Estudo da UEM mostrou contaminação

O professor Jorge Villalobos, do Departamento de Geografia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), diz que a maior preocupação é com os poços clandestinos, irregulares ou antigos. Estudos já mostraram elementos da poluição urbana em poços de Maringá e Sarandi.

A pesquisa, feita em 2002, por André Geraldo Berezuk, atualmente professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Cuiabá, Mato Grosso, encontrou sais (nitrato) dissolvidos na água. “Isso evidencia contaminação urbana”, diz Villalobos, que orientou o estudo de Berezuk.

Villalobos conta que em Sarandi a situação é preocupante por falta da regularização. “O abastecimento de água do município é feito por cerca de 50 poços artesianos que não têm outorga”, afirma ele, destacando que há também muitos poços abandonados e sem lacre. “Isso representa perigo de contaminação”, diz. A cidade tem, no total, 119 poços artesianos.

A prefeitura de Sarandi, por intermédio de sua assessoria de imprensa, disse que está providenciando a documentação, mas encontra dificuldades porque há “desorganização deixada pela administração passada”. “Mas a prefeitura está interessada em regularizar a situação e adequar os poços às suas necessidade”, reforça a assessoria.

Villalobos diz que o grande problema é o controle das outorgas. “Hoje as empresas perfuram poços em 18 horas. É preciso que as pessoas saibam que a água é um recurso finito e precisa de fiscalização rigorosa do poder público”, alerta o professor da UEM.

 

Redação