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Maratona cultural vai substituir trote de calouros da UEM

DCE promove, a partir de segunda-feira, a Calourada do Amor, que terá música, teatro e exposição

 

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) deve receber aproximadamente 3,1 mil novos estudantes neste semestre. E o Diretório Central dos Estudantes (DCE) quer deixar a melhor primeira impressão possível.

Por isso, eles organizam, pela primeira vez, a Calourada do Amor, entre a próxima segunda-feira e o dia 13 de março. O evento visa a recepcionar quem entram na universidade, acabar com os trotes violentos e humilhantes e também suprir o déficit cultural na vida acadêmica.

“Vamos quebrar paradigmas”, diz o coordenador-geral do DCE, Adauto Pereira Gomes Neto.

“Criamos opções para os calouros e para os veteranos da UEM, porque tem muitos professores e alunos que são artistas e tocam em bandas”, conta.

O calendário prevê mais de vinte atrações culturais, como shows de rock, samba e sertanejo, peças teatrais, exposições variadas, artesanato e oficinas, além de campeonato de futebol de salão, plantio de mudas de árvores, entre outras atividades.

Três atrações são de fora: a banda Pedra Letícia (Goiânia), o grupo Samba Sim (Londrina) e a dupla Rodrigo & Thiago (Paranacity).

O projeto tem um custo aproximado de R$ 45 mil, com R$ 15 mil bancados pela Caixa Econômica Federal e o restante de outros patrocinadores e do caixa do DCE. Os eventos contam com apoio da UEM.

O DCE instalou uma lona de circo entre o bloco C-23 e os Correios, com dimensões de 36 metros por 24 metros e que pode receber até 1,2 mil pessoas. O palco será estrategicamente montado, direcionado para o interior do campus para evitar que o som incomode os vizinhos. E não será vendida bebida alcoólica nos eventos.

“Não vai ter tumulto, não vai atrapalhar a população e vamos conscientizar os estudantes contra os trotes”, garante Adauto Gomes, citando o slogan do festival: “Recebemos os calouros com abraços, carinhos e beijinhos sem ter fim”, em referência à música “Chega de saudade”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

Outra atração da “Calourada do Amor” será a feira de artesanato, que terá mais de sessenta barracas de instituições, autônomos e estudantes, com vendas de roupas, acessórios, produtos reciclados, biscuit, brinquedos, bijuterias e artesanatos típicos de várias regiões do País, da América do Sul e da África. A feira ficará na passarela, na parte histórica do campus, ao lado do DCE.

A maratona da UEM também vai oferecer atividades sobre Saúde e meio ambiente, como o Trote Ecológico, que terá plantio e distribuição de 800 mudas de árvores. Também está prevista a participação dos universitários em alguma ação no combate à dengue. E haverá ainda o Espaço Saúde, em frente ao Restaurante Universitário, com cadastro de medula óssea e doação de sangue.

Confira a programação da Maratona Cultural do DCE da UEM:

A Copa de Futsal encerra as inscrições no dia nove de março. Podem participar os alunos matriculados em cursos de graduação e pós.

A gestão “Chapa quente - bonde do amor” que está no primeiro ano do mandatono DCE, anuncia investimentos na estrutura e a ampliação do calendário de eventos.

O diretório tem inspiração no Circuito Universitário de Cultura e Arte (Cuca), da União Nacional dos Estudantes (UNE), que estimula os DCEs a incentivar a produção cultural nos campi.

A cada dois anos é realizada uma bienal itinerante com os artistas universitários, com alguns membros da atual diretoria do DCE maringaense já tendo participado de algumas edições do Cuca.

A intenção em Maringá não é só recuperar os espaços e eventos, como criar opções para os artistas e público. Para isso, eles já gastaram R$ 5 mil na reforma da sede do DCE, no bloco 6 entre dezembro e janeiro, instalaram uma mesa de sinuca, criaram um jardim na entrada da sede, programam uma homenagem aos primeiros estudantes da UEM, entre outras ações no decorrer do ano.

Em 2010, a sede ganhará mais novidades, já que o bloco será derrubado para a construção de uma nova estrutura.

 

Andye Iore