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Professor titular: proposta elogiada

 

 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino de Maringá (Sinteemar), Eder A. Rossato, reagiu favoravelmente ao anteprojeto de lei que aprimora a regulamentação da classe de professor titular de universidades e instituições de ensino superior mantidas pelo Estado.

Segundo ele, as novas regras estimularão a verticalização da carreira dos docentes. “Entendemos que é um grande conquista, porque é mais um avanço de incentivo à educação, ao serviço público das universidades e à qualificação dos professores”, afirmou.

O projeto foi enviado quinta-feira à Assembléia Legislativa e estabelece que o professor pertencente à carreira do magistério público superior aprovado para a classe de professor titular poderá, para efeitos previdenciários, manter a sua matrícula original, não sofrendo prejuízos na contagem de tempo para aposentadoria.

Em decorrência das reformas previdenciárias, as universidades deixaram de realizar concursos para professor titular ou, quando realizados, os aprovados não se interessavam pela nomeação temendo prejuízos às suas carreiras.

“Entendemos que o projeto dará grande impulso à carreira dos professores aprovados em concurso público para titular”, disse Rossato. Segundo ele, os professores aprovados em concurso para titular não precisarão mais cancelar a matricula original e nem se submeter ao estágio probatório. Assim, explicou, não haverá prejuízos na contagem de tempo de serviço para efeitos previdenciários.

O reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Décio Sperandio, também considera o anteprojeto um grande estímulo para os docentes. Ele comentou que a legislação atual desestimula os professores.

“Se o docente de carreira é aprovado, tem de pedir demissão do cargo para ser nomeado titular. Isso significava zerar os direitos adquiridos nas outras classes da carreira”, explicou.

Com a mudança da lei, a transferência de cargo será uma promoção, disse Sperandio. “Dessa forma, dará nova perspectiva de avanço sem os transtornos anteriores”, acrescentou, lembrando que se o candidato aprovado ainda não tiver ingressado como professor do ensino superior do Estado, terá de passar pelo processo normal de início de carreira.

O nível de titular é o mais alto da carreira docente. As instituições de ensino superior do Estado têm 6.709 professores, dos quais 82% são mestres e doutores.

Desses, apenas 94 são titulares – e quase a metade deles está na UEM. A UEM tem 1.482 professores, dos quais 846 são doutores. Os titulares são 47.

 

Graziela Castilho