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OAB condena proibição de pesquisa por supermercados

O presidente da OAB-Maringá, César Augusto Moreno, diz que o O Diário cumpre sua função ao informar os preços de produtos que compõem a Cesta Básica de alimentos com base em pesquisa.

“O jornal cumpre relevante função social de informação demonstrando atenção a uma das faces do princípio do direito de informação do consumidor, que inclusive está previsto no Código de Defesa do Consumidor”, explica.

Moreno destaca que o supermercado ou qualquer estabelecimento comercial é local público e o acesso não pode ser negado a qualquer cidadão. “Mesmo porque este mercado tem um alvará de funcionamento concedido pelo município. O livre acesso de todo cidadão é garantido”, acrescenta.

Comunicado sobre a metodologia da pesquisa dos preços de produtos, que é feita pelo Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), com a metodologia usada pelo Dieese e pelo Procon-SP, e o critério do menor preço, o presidente da OAB avalia como uma pesquisa isenta e imparcial, que proporciona ao consumidor um recurso que resulta em economia financeira.

“A informação é um princípio fundamental do Código de Defesa. Não há que se restringir nem a publicação dos preços nem o acesso dos pesquisadores. Isso contribui com a democracia”, avalia.

Moreno destaca ainda que a concorrência no mercado é livre. “Na realidade, a tendência de ganho é sempre para o consumidor”, acrescenta. Ele enfatiza que a pesquisa mostra os valores de produtos de oito grandes supermercados da cidade. “O cidadão tem liberdade de escolha e o direito à informação”, reforça.

O presidente da OAB lembra também que a divulgação dos valores de produtos da cesta básica aumenta o poder de barganha do consumidor no momento da compra. “É esta liberdade que privilegia o consumidor e de certa forma regula o mercado”, arremata. Ele cita como exemplo que a lista pode ser utilizada pelos consumidores até em supermercados de bairros para negociação de preços.

Na avaliação de Moreno, não há nenhuma ilegalidade na pesquisa publicada pelo O Diário. “Esta pesquisa acaba atendendo aos direitos de informação do consumidor”, acrescenta.

 

Vanda Munhoz