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Sarandi tem déficit de 6,7 mil moradias

 

 

Com 80 mil habitantes, o município de Sarandi possui um déficit de 6,7 mil casas para famílias com renda de até cinco salários mínimos. Dentro de 15 anos, a expectativa é que a demanda seja o dobro.

O cálculo foi obtido por meio de um estudo encomendado pela prefeitura ao Observatório das Metrópoles, ligado à Universidade Estadual de Maringá (UEM).

A coordenadora do trabalho, Celene Tonella, diz que para os próximos até 2023 a carência do município ficará próxima de 14 mil moradias, caso nada seja feito.

“Apoiando-se em uma projeção do crescimento da população, seria preciso outras 7 mil casas, além das 6,7 mil que são necessárias hoje”, diz. Segundo ela, o planejamento é importante, porque mostra onde a administração tem de gastar.

A elaboração do plano levou seis meses. Sarandi contratou a universidade para o trabalho, após ser beneficiada com recursos do Ministério das Cidades e aceitar dar uma contrapartida.

O documento é assinado pela UEM, técnicos da prefeitura, comissão de acompanhamento e pela própria população, que participou do processo, por meio de quatro audiências públicas.

“Divulgamos os encontros amplamente, inclusive na conta de água”, conta a coordenadora. “Na penúltima audiência compareceram cerca de 600 pessoas.”
A lei do Plano de Habitação do município ainda precisa ser aprovada na Câmara Municipal e, em seguida, ficará por conta da prefeitura trabalhar o sistema de habitação.

O plano prevê, além da quantidade de casas necessárias para suprir a demanda, o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social, uma espécie de poupança, que deverá ser administrada por um conselho gestor. “Sem isso, o município não recebe recursos do governo para construir casas”, comenta Celene.


Paiçandu

A UEM está concluindo o plano para Paiçandu, que, assim como Sarandi, também recebeu recursos do Ministério das Cidades. A previsão de entrega é para este mês ainda.

Celene afirma que, de forma geral, até 2003, quando o Ministério das Cidades foi criado, “o sistema de habitação nunca foi visto de forma mais séria pelos governantes”.

A escolha dos municípios que receberam recursos foi feita pelo governo federal, após todos aderirem ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, em 2007.

Redação