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Pianistas alemães se apresentam no projeto Convite à Música, em Maringá

Os pianistas alemães Mendelssohn e Schumann e o russo Procofieff são os temas da apresentação do duo Mariana Amaral (violoncelo), 24 anos, e Yuri Pingo (piano), 29 anos, hoje à noite no projeto Convite à Música, em Maringá. O programa tem cerca de 50 minutos de duração e traz para a cidade, em uma apresentação oficial, o duo que toca junto desde 2003 e planeja rodar o Brasil. “Escolhemos esse programa pelo gosto pessoal e já estamos agendando em São Paulo”, anuncia Yuri Pingo. Um dos destaques é um tema de Mendelssohn, que tem eventos no segmento celebrando o bicentenário de seu nascimento. O duo se apresentou pela primeira vez em 2003, quando ensaiou para disputar um concurso em Juiz de Fora (MG). Os músicos foram premiados e seguiram tocando juntos.


Mariana Amaral mora em São Paulo e já esteve em Maringá no começo do ano passado, quando se apresentou informalmente na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ela já estudou música na Hungria entre 2005 e 2006 como bolsista e se apresentou em um festival na Alemanha no ano passado. Também estuda em São Paulo com o músico Fábio Presgrave, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Aproveitando a estadia da violoncelista em Maringá, a UEM organizou uma master class (aula com apresentação) na tarde de ontem para alunos do curso de Música, em que Mariana tocou e orientou os estudantes.


O pianista Yuri Pingo está na cidade há dois anos e trabalha como professor de piano no curso de Música da UEM. Ele também é mestrando em Performance Musical, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Yuri fala com empolgação sobre o desenvolvimento da música erudita em Maringá. Para ele, ações alternadas da prefeitura e da UEM ampliam o público e dão oportunidades para os músicos locais. “Maringá conta com um poder aquisitivo alto e tenta ser como uma cidade da Europa ou dos Estados Unidos. Mas já foi muito relapsa com a cultura”, opina. “Os projetos da UEM e da prefeitura são como sementes para mudar isso.”


O músico ressalta que o curso de Música da UEM melhorou muito esse cenário nos últimos anos e vai melhorar mais ainda. Ele acredita que o investimento no corpo docente e na apresentação de músicos de fora, como acontece hoje, atendem ao interesse da comunidade.
“Um dos fatores que ajudam a atrair mais público para a música erudita é o cuidado na escolha do programa”, sugere o pianista. O que acontece com naturalidade conforme aumentam as apresentações e espaços na cidade. Outra sugestão é que deveria haver mais interesse da mídia em divulgar os artistas e eventos, já que poucos veículos se interessam pelos espetáculos. A procura maior é somente quando há algum artista de repercussão internacional.


Yuri diz que Maringá sempre recebe artistas que não são badalados, mas que têm uma carreira respeitável e rendem boas histórias. Ele comenta que os organizadores dos eventos maringaenses oferecem as melhores condições para os músicos se apresentarem. Desde a parte técnica ,como o apoio nos bastidores. O que faz com que os artistas sempre queiram voltar para a cidade outras vezes.
Uma das próximas atrações de música erudita em Maringá é o barítono Chico Campos. O trabalho dele tem repercussão internacional e a apresentação está agendada para o dia 16 deste mês.

Andy Iore