A implantação da educação sexual no currículo
escolar será o tema do 1º Simpósio Internacional de Educação Sexual, da
Universidade Estadual de Maringá (UEM), que ocorre entre os dias 23 e 25 deste
mês, na instituição.
O evento é organizado pela psicóloga Eliane Maio,
professora do Departamento de Teoria e Prática da Educação da UEM.
De
acordo com Eliane, a repressão em falar de sexo e o receio de que os pais dos
alunos sejam contrários à abordagem do tema em sala de aula criam barreiras para
que educação sexual não esteja dentro das escolas.
Alguns professores
acreditam que falar de sexo na escola vai estimular a erotização das crianças,
diz Eliane. As pedagogas precisam quebrar os próprios tabus, já que estudar
sexualidade é como estudar qualquer outra disciplina, argumenta.
A
psicóloga defende que a educação sexual nas escolas tem de estar presente do
ensino infantil ao superior, mas para isso é preciso preparar
professores.
Ela lembra que a questão dos valores morais é obrigação dos
pais dos alunos. A escola tem de contribuir para cientificamente com a
expressão sexual com tranquilidade, já o olhar dos valores cabe aos
pais.
Programação
Durante os três dias do
simpósio, o público vai assistir a palestras e apresentações de trabalhos de
especialistas de diferentes áreas de conhecimento.
Na abertura do
evento, às 19 horas de sexta-feira, o professor Eladio Sebastian Heredero, da
Universidade de Alcalá de Henares, da Espanha, ministra palestra sobre o
panorama da educação sexual na Espanha.
No sábado à noite, é a vez de
Rogério Diniz Junqueira, pesquisador do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), falar sobre educação básica e
diversidade sexual.
Carla Guedes