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Estiagem causa um incêndio a cada três horas na região

Só no último final de semana, bombeiros apagaram queimadas em dez pontos da cidade; na região, foram 22 casos entre sexta-feira e domingo

 

A estiagem de 15 dias acionou o alerta contra queimadas em Maringá. Somente no final de semana, o caminhão do Corpo de Bombeiros foi chamado para apagar dez pontos de fogo na cidade – Parque das Grevíleas, Jardim Colina Verde, Zona 7, Jardim Olímpico, Jardim Itália, Jardim Ouro Cola, Zona 2, Parque Eldorado e Vila Marumby.

Na região atendida pelo Corpo de Bombeiros de Maringá, que inclui municípios vizinhos, foram atendidos 22 casos de incêndio ambiental entre sexta-feira (17) e domingo; um combate a cada três horas.

O tenente João Paulo Miosso, do Corpo de Bombeiros, conta que os incêndios florestais são mais comuns entre junho e outubro, mas a falta de chuvas neste mês antecipou o período de queimadas. “A estiagem é a principal causadora do aumento da quantidade de queimadas em abril”, diz. A vegetação seca faz com que o fogo se alastre mais rápido.”

A Estação Climatológica, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), registrou a última chuva no dia 6, com 19,9 mm. No mês, o índice pluviométrico acumula 58,9 mm. A previsão meteorológica para os próximos dias não registra mudanças significativas para a cidade. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, até a próxima sexta-feira (24) o tempo em Maringá será de céu com poucas nuvens, sem chuva.

Miosso diz que 90% dos incêndios ambientais começam com o descuido de alguém. “As pessoas têm o hábito de atear fogo em lixo e folhas que ficam acumuladas nos quintais e isso contribui para as queimadas”, diz o tenente.

No ano, o Corpo de Bombeiros foi acionado 122 vezes para conter incêndios em Maringá. Somente em abril, a equipe atendeu a 56 ocorrências de queimadas na cidade. No mesmo período do ano passado, foram 21 ocorrências. Na região atendida pelo 5º Grupamento – 144 municípios –, 771 pontos de fogo foram combatidos pelos bombeiros, de janeiro a abril deste ano.

No mês, o 5º Grupamento foi chamado para combater 292 focos de incêndio. Na região de Maringá, a maioria das queimadas que aconteceram este ano se concentram nas vegetações rasteiras, com 10,15 hectares queimados. Depois, vêm os terrenos baldios, com 2,18 hectares queimados – o equivalente a três campos de futebol.

O tenente Miosso orienta que a população evite acender fogueiras e queimar detritos. Outra recomendação é não jogar pontas de cigarro pela janela do carro, em acostamentos de rodovias. “Como a vegetação está extremamente seca, qualquer faísca tem potencial para gerar um incêndio”, diz o tenente.

Carla Guedes