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Circo Teatro Sem Lona abre Festival de Férias em Maringá

O Festival de Férias Circo Teatro Sem Lona começou em 2005, com o propósito de comemorar a criação do grupo, fundado em 1996. A experiência foi marcante o suficiente para que, todos os anos desde então, o mês de janeiro fosse destinado para o festival.

"Já é tradicional em Maringá, então o pessoal que gosta sempre participa", conta a atriz Mariela Lamberti de Abreu, integrante do Circo Teatro desde 2006 . Nestes sábado e domingo e nos sábado e domingo seguintes (dias 28 e 29), quatro apresentações serão encenadas no Sesc de Maringá, sempre a partir das 16h, com entrada a R$ 5,00.

Neste sábado, o espetáculo de abertura é "Peripécias Circenses", com o Circo Teatro Sem Lona. No domingo, quem sobe ao palco é a companhia Meu Clown, de São Paulo, que se apresenta pela primeira vez no Festival de Férias. Os paulistanos trazem o espetáculo "Cotidiani", dirigido pelo professor do curso de artes cênicas da UEM, Marcelo Colavitto, e premiado no XIII Festec (Festival de Teatro de Cubatão) na categoria de Melhor Ator e segundo lugar de Melhor Espetáculo Infantil.

Divulgação/Rafael Ochoa
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Matheus Moscheta, Pedro Ochoa, Valéria Bonifácio e Mariela Lamberti, do Circo Teatro Sem Lona: elas estão se despedindo do grupo

"Cotidiani" tem caráter lúdico e parte de elementos simples para expor o universo infantil por meio de gestos. "Não usamos fala durante o espetáculo, e também utilizamos a música para traduzir nossa expressão", diz Colavitto, que faz questão de diferenciar o clown do palhaço convencional, interpretado pelos integrantes do Circo Teatro Sem Lona. "O clown é uma palhaço mais sutil, enquanto o palhaço de circo é extravagante", explica.

As peças são voltadas ao público infantil, o que não impede que reúna toda a família para assistir às atrações. "Eu recomendo para pessoas de 8 a 80 anos", observa Colavitto. Um dos atores e fundadores do Circo Teatro Sem Lona, Pedro Ochoa, diz que cada vez mais é possível perceber na plateia a presença de pessoas que nunca foram ao teatro. "O público é bem rotativo, e percebemos isso pela reação da plateia.

Quem já conhece, tem uma reação totalmente diferente". Segundo ele, esse aumento de interesse é fruto de uma atividade permanente de trabalhos na cidade, dos grupos teatrais e programas que ajudam na divulgação das produções locais.

OS ESPETÁCULOS


21/01 – Peripécias
Circences
22/01 – Cotidiani
28/01 – As Aventuras do
Lobo Mau
29/01 – O Amor de Peri
e Ceci

Horário:
16h

Local: Sesc Maringá
Preço único: R$ 5

O Festival de Férias começou no teatro Calil Haddad, e há dois anos é feito em lugares diferentes - ano passado, foi no Teatro Reviver . Temendo que a reforma do teatro Barracão não terminasse a tempo, o grupo fechou com o Sesc que, de acordo com Pedro Ochoa, sempre oferece espaço e oportunidades para atividades culturais na cidade.O ator conta que a falta do Calil é prejudicial. "As pessoas iam ao Calil pelas condições físicas do teatro, tem muita gente que vai para conhecer". Além disso, diz, os demais espaços são menores, o que reduz o público.

"O cidadão tem o direito de frequentar espetáculos, e pagar também por isso sem ter de esperar ações e promoções", observa Ochoa. Permitir que a comunidade participe de atividades culturais com preço acessível foi o suficiente para manter a realização do festival. "Ver a cultura mudar é muito bom, enobrece a sensibilidade das pessoas", diz o diretor teatral.

http://maringa.odiario.com/dmais/noticia/533414/circo-teatro-sem-lona-abre-festival-de-ferias/