Os professores e técnicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) devem paralisar as atividades no dia 14 de março. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Eder Rossato, no início da tarde desta quinta-feira (16).
A
decisão foi tomada durante Assembleia Extraordinária ocorrida nesta
manhã no auditório do Sinteemar, entre docentes e técnicos da UEM com a
diretoria do sindicato. "Decidimos pela transformação em assembleia
permanente, pela paralisação das atividades no dia 14 – com participação
na mobilização de massa em Curitiba enquanto há vigília em Maringá",
afirma Rossato.
Douglas Marçal
Assembleia decidiu pela paralisação no dia 14
"Além disso, vamos solicitar audiência publica com o reitor na próxima quinta-feira (23) às 14 horas, com o objetivo obter de informações oficiais sobre a perda da autonomia das universidades, e contratações. Devem ocorrer ainda reuniões setoriais para preparar servidores para os atos do dia 14 de março, caso não aconteça mudança nesse cenário", diz o presidente.
Rossato explica que a categoria está descontente com o não cumprimento de propostas do governo na mesa de negociação. "No caso do docentes, pede-se o envio de projeto de lei para a Assembleia Legislativa, que está pronto desde dezembro e deveria entrar em vigor em janeiro, que prevê a reestruturação da tabela salarial em 9,61% aplicado nos anos de 2012, 2013 e 2014. Em relação aos técnicos, não houve a conclusão dos trabalhos para o projeto de lei, que deveria estar pronta em fevereiro e ser enviada ainda neste mês para a Assembleia. O governo suspendeu as reuniões, e a proposta não está construída", coloca. Outro ponto que preocupa os servidores e docentes é o decreto 3728 de 23 de janeiro, que cancela a autonomia das universidades, segundo o Sinteemar.
“A redução no repasse por força de orçamento, professores e técnicos efetivos que não estão sendo contratados, tudo isso está ameaçando o ensino publico gratuito, democrático e de qualidade. A UEM foi eleita, pelo 4º ano consecutivo, como a melhor do Paraná, a 12ª melhor do país e a 19ª melhor da América Latina. Acreditamos que as movimentações por parte do Estado comprometerão a qualidade de ensino”, coloca Eder. “No momento, temos 400 alunos que recebem bolsa e, muitos deles, exercem funções administrativas em vez de atividades acadêmicas”.
Douglas Marçal
Categoria reivindica planos de salários e explicações sobre a perda de autonomia