Professores da UEM e das principais universidades estaduais do Paraná estão organizando uma paralisação das atividades para esta quarta-feira (7). O movimento em Maringá é encabeçado pela Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), que congrega cerca de 2 mil professores.
Entre as principais reivindicações estão o cumprimento da proposta de reajuste feita pelo Governo do Estado em 2011, aumento do repasse de verbas para as instituições e protesto contra projetos que, conforme os sindicatos, diminuem a autonomia das universidades.
Segundo o Sesduem, cerca de 250 professores confirmaram que irão aderir à paralisação. Às 9h desta quarta-feira, no Anfiteatro Ney Marques da UEM, acontecerá uma assembleia.
"Vamos colocar todos os docentes a par do que está acontecendo e discutir também a possibilidade de greve. Se o governo não nos der uma resposta satisfatória nas próximas semanas, acredito que esse será o rumo que iremos tomar", fala a secretária geral da Sesduem, Sandra Ferrari.
A paralisação está programada para ocorrer também nos campi extensivos da UEM, bem como na universidade estadual de Ponta Grossa, Cascavel, Guarapuava e Londrina.
Protestos no dia 14 de março
Esta marcada, para o dia 14 de março, uma grande paralisação em nível estadual, incluindo os funcionários e professores das universidades e colégios e estaduais do Paraná. Haverá protestos e uma assembleia geral em Curitiba.
"Nela vamos discutir o rumo do movimento. Se não houver diálogo com o governo até lá, há a possibilidade de dar um indicativo de greve", fala o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Rossato.
Reivindicações
A principal reivindicação dos docentes é que seja cumprida a contraproposta apresentada pelo Governo do Estado, em novembro de 2011. Atualmente, um professor de universidade com graduação ganha R$ 1808 para trabalhar 40 horas semanais. O salário sobe gradativamente com aquisição de titulação e tempo de serviço.
Em novembro, o governo teria prometido um aumento de aproximadamente 31%, o que somaria R$ 2.340, dividido em três anos.
"O Estado deveria conceder um reajuste de aproximadamente 10% no primeiro trimestre de 2012, 2013 e 2014. Isso deveria acontecer já em março, mas até agora não houve mudanças. O governo não está cumprindo o que prometeu na mesa de negociação. Estamos sendo empurrados para a greve.", ressalta Rossato.
Conforme Rossato, o governo não encaminhou para a Assembleia Legislativa o projeto que prevê o reajuste dos professores e técnicos das universidades.
Os sindicatos também reivindicam um aumento de verbas para as universidades, que tiveram seus recursos cortados pelo Governo do Estado.
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