Ednéia Rossi >> Pró-reitora de Ensino da Universidade Estadual de Maringá
Este número de vagas ociosas no primeiro ano é normal?
Temos cursos que não preenchem as vagas, principalmente nos campi
regionais. Tentamos ocupá-las. O número de chamadas subsequentes é feito
no prazo limite para que o aluno tenha o mínimo de presença nas aulas
(75%). As vagas são públicas e devem ser aproveitadas. Por isso,
estudamos a possibilidade de, no futuro, ofertá-las pelo Sistema de
Seleção Unificado (SISU) do Ministério da Educação (MEC).
O que será feito com as vagas que não foram preenchidas? Quanto é gasto com elas?
Elas não têm mais como serem preenchidas, por causa do limite de
faltas. Anualmente, temos de 800 a 900 vagas presenciais ociosas na UEM
em todos os anos da graduação, contando com as desistências. Nesses
casos, abrimos transferências e edital para portadores de diploma.
Quanto ao custo, não temos esse levantamento que varia de acordo com o
curso. Os mais caros são os de Saúde, como Medicina. Seguidos pelas
engenharias. Mas nessas graduações não temos problema de ociosidade.
Quando um curso tem pouca procura, quais são as providências tomadas pela universidade?
Depende. No caso da Licenciatura em Ciências, há uma proposta para que o
curso seja transforme em Ciências Biológicas nos próximos anos. Mas a
questão divide opiniões. Há uma corrente dentro da universidade que
defenda a manutenção dele, por causa da especificidade da formação. Já o
curso de Estatística, relativamente novo, há pouca procura entre
alunos oriundos do ensino médio. Mas é preciso manter a graduação nessa
área que é importante para a sociedade. E é esse o papel da
instituição pública. Tentamos atrair alunos e ampliar cada vez mais o
número de vagas, não reduzi-las.
http://maringa.odiario.com/maringa/noticia/550367/sobra-no-primeiro-ano-e-extinta/