A reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) instaurou uma sindicância para apurar os danos ao patrimônio público e o impedimento do acesso ao câmpus sede ocorrido durante a paralisação de docentes, técnicos administrativos e alunos. No último dia 14, houve queima de pneus em três portões de acesso à universidade e foram registradas pichações em prédios.
A paralisação ocorrida no dia 14 foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior de Maringá (Sinteemar). Estudantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) apoiaram o sindicato misto. Ambos negaram envolvimento com os atos de vandalismo e consideraram uma "ação isolada".
Douglas Marçal
O portão da Rua Lauro Werneck foi um dos três incendiados
De acordo com a nota assinada pelo reitor Júlio Santiago Prates Filho e encaminhada às entidades de classe, o reitor afirma que após apurar as ocorrências deve abrir "processo administrativo contra os responsáveis por estes atos, com as respectivas aplicações de sanção aos infratores".
No término da nota, Prates Filho reafirma o apoio às reivindicações dos servidores.
Reivindicações
Professores universitários pedem, entre outros, equiparação salarial com técnicos administrativos das instituições. O governador Beto Richa (PSDB) anunciou a suspensão do corte de 2,7% nas verbas de custeio da UEM, o que também era exigido pela classe. A resposta quanto ao salário deve ser apresentada na próxima terça-feira (20). O principal pedido dos técnicos é quanto à estruturação da carreira, com a elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).