A assembleia convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), na manhã desta quinta-feira (22), acatou a proposta do Governo do Estado de recomposição salarial dos docentes em 4 anos, com 7,14%, mais o dissídio. Cerca de 300 pessoas – entre professores e docentes – participaram da reunião, que ocorreu no auditório do Sinteemar.
Conforme o presidente do Sinteemar, Eder Rossato, a assembleia ainda quer discutir alguns pontos da proposta com o Governo do Estado, como garantir que a primeira parcela seja paga até julho, e as restantes até o fim do governo de Beto Richa, em 2014 (o Executivo havia sugerido até 2015). Os professores também querem garantir que o projeto seja encaminhado para votação na Assembleia Legislativa até abril.
Para o Sintemmar a possibilidade de greve foi afastada. "Vamos manter a mobilização, mas até o momento não há indicativo de greve. No dia 24 de abril o governo deve apresentar a proposta do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) dos técnicos. A partir disso outras medidas podem ser tomadas", afirma.
No dia 24 de abril, uma nova assembleia será convocada pelo Sinteemar para discutir as propostas do governo para os técnicos. "Um indicativo de greve pode ser aprovado, se a proposta não for satisfatória para a categoria", afirma.
Aulas
Apenas algumas turmas da UEM ficaram sem aula nesta manhã, uma vez que nem todos os professores participaram da assembleia. No período da tarde e à noite as atividades ocorrerão normalmente na universidade.
Nova assembleia na sexta-feira
Uma nova assembleia deve ocorrer a partir das 9h desta sexta-feira (23), desta vez convocada pela Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), no auditório do Dacese no campus. Na pauta, está também a avaliação da proposta do Governo e um indicativo de greve.
Proposta
O Governo do Estado apresentou duas propostas de readequação salarial: uma recomposição feita em 5 anos, a partir do próximo mês de julho, com 5,66% por ano até 2016, mais o dissídio de cada categoria, que neste ano é de 6,5%; ou uma recomposição feita em 4 anos a partir de outubro, com 7,14% por ano até 2015, mais o dissídio. No ano passado, o governo do Estado havia feito uma proposta de equiparação de 31,7% em 3 anos, mas não cumpriu o acordo.