A Associação Indigenista de Maringá (Assindi)
atende, diariamente, 72 pessoas e depende de doações para custear até
os gastos mais simples. A entidade sem fins lucrativos surgiu em 2000 e
desde 2004 conta com sede própria, em que abriga 15 estudantes
indígenas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e seus familiares
(no total de 32 pessoas), além de 40 moradores da reserva Ivaí, que vêm
a Maringá comercializar artesanato.
"A Assindi nasceu num dia
que eu encontrei alguns índios na rua e me dei conta de que não havia
programa social voltado a essa população.
Frequentemente eles
vinham para Maringá vender artesanato de taquara e acabavam
transformando a rodoviária em suas casas. Infelizmente, em outras
cidades do Paraná que não contam com trabalho semelhante a situação
ainda é esta", explica a presidente da associação, Darcy Dias de Souza.
A cada 15 dias, um novo grupo das etnias kaingang e guarani da
reserva localizada em Manoel Ribas vem para Maringá e se hospeda no
Abrigo Venkan-Nhá Fá. Os estudantes e suas famílias estão distribuídos
em cinco casas – Kaingang, Guarani, Haida, São Francisco e Xetá. "É
um orgulho receber os estudantes. Conseguimos formar três enfermeiros,
dois pedagogos, um advogado, entre outros profissionais".
Para
Darcy, o maior desafio é superar o preconceito contra os indígenas e
conseguir novos voluntários e doações para a entidade. "Recebemos
doações da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania e da
Arquidiocese de Maringá, mas a manutenção é cara, e para conseguir
realizar novos projetos precisamos de mais recursos".
CONTATO
Assindi
Associação Indigenista de Maringá
Endereço: Rodovia BR-376- Km 170,
Telefone: (44) 3224-7117
Entre os planos, a Assindi pretende colocar em funcionamento o Centro
de Educação Infantil Mitangue-Nhiri. O prédio está pronto, mas falta
dinheiro para contratar professor e merendeira. A entidade também
pretende concluir um prédio para recepcionar excursões de escolares.
"Várias escolas nos procuram para que os alunos conheçam o local, mas
hoje mal temos como recebê-los". Outra necessidade é renovar a cobertura
de uma das casas destruídas durante um temporal há duas semanas.
http://www.odiario.com/cidades/noticia/556662/associacao-atende-mais-de-70-indigenas/