Sem acordo para transpor a Universidade Estadual de Maringá (UEM) por
meio de um túnel, a prefeitura tenta, literalmente, encontrar uma
saída para desafogar o trânsito pelas beiradas.
A obra mais
próxima de sair do papel é o contorno oeste da UEM, que só não começou
porque um projeto de lei estadual foi redigido errado e precisa ser
refeito. Outra saída em estudo é o prolongamento da Avenida Demétrio
Ribeiro (extensão da Herval), passando pelo lado leste do câmpus, até a
Vila Esperança.
As opções para desviar o trânsito pela UEM
foram discutidas ontem, entre o reitor, representantes do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e secretários municipais. A
conversa serviu para a universidade reforçar que não aceita um túnel,
que a questão do contorno está resolvida por parte da instituição e que
o prolongamento da Avenida Demétrio Ribeiro (extensão da Herval) por
dentro do câmpus precisa de estudos.
O contorno da UEM tem o
custo estimado em R$ 4,5 milhões, sendo R$ 4 milhões financiados pelo
BID, com R$ 500 mil de contrapartida da prefeitura. A previsão inicial
era dar início às obras em 2010. O empecilho é um erro de metragem no
projeto de lei estadual para a doação das terras, aprovado pela
Assembleia Legislativa em 2009. "Acho que foi erro de digitação", disse
o reitor, Julio Santiago Prates Filho.
A doação de terras para
a viabilização do contorno, já aprovada há 3 anos pela UEM, é
destinada à duplicação da Rua Professor Lauro Werneck. Segundo o
reitor, um texto com a nova metragem precisa ser aprovado. "Por parte
da UEM está tudo certo", diz. Não há previsão de quando o assunto será
resolvido.
O contorno terá 2,2 km de extensão e servirá com uma
opção ao tráfego das avenidas Mandacaru e Morangueira. "A intenção é
ver isso resolvido logo, o quanto antes", disse o secretário municipal
de Controle Urbano e Obras Públicas, Laércio Barbão, sem arriscar uma
data.
Com a mesma finalidade da obra que vai contornar a
universidade, um túnel de apenas 800 metros resolveria a questão, caso o
Conselho de Administração (CAD) da UEM aprovasse a proposta. A
negativa foi no ano passado. "Já foi decidido pelo CAD, é muito
invasivo", lembrou Prates Filho.
Uma terceira via é o prolongamento da Demétrio Ribeiro, transformando uma via do câmpus em avenida.
"A intenção é ver isso resolvido
logo, o quanto antes"
Laércio Barbão
Secretário de Controle Urbano
e Obras Públicas
As obras em discussão fazem parte do pacote de mudanças no trânsito, elaborado pela prefeitura em 2006 e aprovado pelo BID em 2008 – o contrato foi assinado em 2010.
Batizado de Programa de Mobilidade Urbana e Transporte de Maringá, o projeto prevê US$ 13 milhões em financiamento para adequação de vias, construção de terminais de ônibus e implantação do sistema binário
http://www.odiario.com/cidades/noticia/557335/prefeitura-e-uem-estudam-como-contornar-campus/