A cidade em pauta

A música de qualidade receberá uma bonita homenagem na noite de sábado. É que amanhã, a partir das 21h, apresentações musicais vão acontecer simultaneamente em 23 Estados brasileiros. Trata-se de uma espécie de festa coletiva para celebrar a abertura do Sesc Partituras - projeto que abrirá um respeitado acervo digital de partituras, gratuitamente, pela internet. O objetivo é oferecer, pela rede, suporte a músicos, estudantes de música e pesquisadores.

Cada Estado ganhará uma apresentação em alguma cidade, determinada pelos organizadores. Maringá representa o Paraná. Portanto, quem aprecia música de câmara já tem onde ir no sábado: ver o pianista Ticiano Biaconlino, o violinista Paulo Egídio Luckman e o violoncelista Pedro Henrique Ludwig tocarem, no Sesc Maringá, peças de compositores brasileiros respeitados, do clássico Carlos Gomes ao contemporâneo Alexandre Schubert, mineiro de Manhumirim.

Na área musical, a terra que um dia recebeu o apelido de "Cidade Canção" tem moral. Por isso, dentre as mais de 30 unidades do Sesc Paraná, foi escolhida para representar o Estado e receber a apresentação de abertura do Sesc Partituras.


Boa reputação

O técnico de atividades do Centro de Difusão Musical do Sesc, Marcello Teles, afirma que o sucesso dos projetos relacionados à música que são desenvolvidos na cidade influenciou bastante para a escolha de Maringá. O Femucic é um dos exemplos de sucesso citados por ele.

O violonista Paulo Egídio Luckman, que é professor no curso de Música da Universidade Estadual de Maringá (UEM), diz se sentir honrado em poder tocar na abertura do Sesc Partituras.

Ele aguarda com expectativa a abertura do acervo de partituras que será disponibilizado no site. Enquanto isso não acontece, dedica-se diariamente ao lado dos outros dois músicos nos ensaios da apresentação de sábado. O extenso repertório que será tocado, diz o músico, é considerado desafiador para o trio.

"Estamos ensaiando feitos uns malucos, está dando muito trabalho. É um repertório variado e tenso, de estilo, com obras compostas no começo do século 20, que têm uma estética romântica, até obras escritas nesta última década. E durante todo esse período a música erudita no Brasil teve uma evolução estética muito grande", destaca Luckman.



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