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Universidades têm que aprender a vender

Produzir inovação é um processo novo nas universidades paranaenses, que passaram a criar núcleos de tecnologia ou agências para se adaptar a esta atividade. "Na prática, nada mais é que uma venda de artigos tecnológicos, mas as instituições não têm muito a prática de vender, estão aprendendo", avalia o diretor da Agência de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Jair Scarmínio.

Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), a diretora de Pesquisa e coordenadora do Núcleo de Inovação Tecnológica, Valéria Neves Domingos Cavalcanti, diz que tem aumentado a procura de parcerias por empresas da região.

"Recentemente, um ex-aluno, motivado pela experiência acadêmica, trouxe a empresa para conversar, pois sozinho ele não teria condições de desenvolver o que seria preciso. Estamos tentando estabelecer esta parceria", exemplifica.
Uma das dificuldades, segundo Valéria, está relacionada ao contrato que precisa ser feito entre a instituição e a empresa.

"Temos que resguardar os interesses dos envolvidos. Se formos muito afoitos, corremos o risco de perder a invenção. Agora passamos a ter o apoio jurídico, o que tem ajudado a fazer as parcerias."

Para Scarmínio, uma dificuldade das universidades é que muitos produtos ou processos são gerados espontaneamente nas pesquisas. "Não temos uma indústria dinâmica, precisando de inovação. É mais fácil quando há uma demanda a atender", avalia.

Para o diretor da Agência de Inovação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), João Irineu de Resende Miranda, as universidades têm atuado para mudar esta realidade.

"Os núcleos de inovação têm buscado superar esta barreira, com canais de comunicação com a indústria e capacitando pesquisadores para atuar no setor produtivo".

http://www.odiario.com/cidades/noticia/562585/universidades-tem-que-aprender-a-vender/