Imprimir

988 candidatos de Maringá devem fazer exame da OAB

O estudante do 5° ano de Direito do Cesumar, Vinícius Mocchi, faz parte dos cerca de 40 alunos da instituição de ensino que vão fazer, no próximo domingo, a primeira fase do 7º Exame de Ordem Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em Maringá, 988 candidatos se inscreveram para a fazer a prova, 9,4% a mais que no 6º exame, em fevereiro deste ano.

Vinícius tentará a aprovação no exame pela segunda vez e vê na ansiedade a maior grande barreira. "O problema é o cansaço e a pressão", diz. Na primeira tentativa, o estudante acertou 37 das 80 questões da prova objetiva da primeira fase. "Precisava acertar 40 para passar", contou. Para ele, o que faltou foi empenho. A expectativa de ser aprovado, agora, é maior, já que ele afirma ter conseguido se preparar melhor. "Desde o início de maio tenho estudado o dia todo."

Ricardo Lopes


Alexis Kotsifas: “Para a segunda fase valem as aulas direcionadas”

Para o coordenador do curso de Direito do Cesumar, Carlos Alexandre Moraes, muitos alunos do 5º ano de Direito têm receio de fazer o exame no início do ano pelo fato de faltar muito conteúdo para ser visto.

"E dificuldade dos alunos diz respeito à primeira fase; são as temidas questões objetivas, que envolvem raciocínio mais rápido e um número alto de questões. Para se preparar melhor, os alunos começam a fazer estágios a partir do terceiro ano e os estudantes do curso de qualquer semestre podem participar de aulas específicas para o exame nos períodos da manhã, tarde e noite e aos sábados também."

O estudante Emerson Rogério de Oliveira Farias foi aprovado logo primeira vez que participou do exame e acredita que o resultado veio com dedicação na faculdade e estudos extraclasse. Ele abriu mão das férias escolares no final de 2011 e início deste ano para se dedicar à primeira fase da avaliação da OAB. "Estudava cerca de 5h por dia."

Logo que ficou sabendo da aprovação, começou a se preparar para a segunda etapa com mais empenho, estudando 8h diariamente, além de ter participar de um curso online. "A primeira fase foi mais difícil porque são mais matérias para estudar. Na segunda podemos escolher uma área específica, o que facilita o estudo", explicou.

Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), cerca de 100 alunos do 5º ano de Direito e recém-formados vão fazer a primeira fase do sexam. Segundo o coordenador do curso, Aroldo Luiz Morais, nos últimos três anos, o índice de aprovação de estudante foi de 66%. "Nem todos participam, por diversos motivos como falta de interesse, dificuldade em pagar a inscrição (R$ R$200) e problemas para auxiliar os estudos com a produção da monografia."

De acordo com o coordenador, desde o 3º ano, os estudantes iniciam o estágio curricular obrigatório e no 5º estão aptos para serem aprovados. A maior dificuldade dos alunos da UEM também está na primeira fase, segundo Morais, por incluir todas as áreas do Direito. Para ele, o exame é fundamental para comprovar se o candidato está apto a exercer a profissão de advogado. "Se não houvesse essa avaliação entrariam no mercado muitas pessoas desqualificadas", diz.

Para o estudante do 5º de direito da UEM, Alexis Kotsifas, que foi aprovado no 6º Exame de Ordem Unificado, a segunda fase é a mais complicada por exigir estudo direcionado. Para se sentir mais seguro, ele optou por fazer um curso preparatório de 1 mês. "Para a primeira fase, a própria faculdade e os professores já dão um bom preparo porque são questões gerais, mas para a segunda vale a pena contar com aulas mais direcionadas."

Para acertar 51 questões das 80 que formam a primeira fase do exame, o estudante passou a estudar em casa. Mas garante que estar tranquilo na hora é fundamental. "Não é difícil, é preciso ter tranquilidade e se dedicar bastante aos estudos de Ética, que é uma matéria importante do exame", aconselhou.



SAIBA MAIS

http://www.odiario.com/zoom/noticia/571463/988-candidatos-de-maringa-devem-fazer-exame-da-oab/