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Festival de Teatro cresce

O Festival de Teatro de Maringá, tradicionalmente realizado pela UEM em parceria com o Sesc, terá, este ano, um parceiro a mais - e de peso: a prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura. Do dia 1º ao dia 16 de junho, a cidade será palco de uma extensão do Filo (Festival Internacional de Londrina), com 16 apresentações e nove oficinas.

Além de fomentar o entretenimento local, a aposta em oficinas voltadas à formação teatral tem como finalidade trazer novas ideias e novas experiências ao público que já trabalha na área e aos universitários que estão começando a pisar no palco.

Divulgação


"Spirulina em Spathódea", da Cia dos Anjos, se apresenta no dia 8

A sugestão de mesclar arte e educação foi dada inicialmente pelo Sesc, e acatada por toda a comissão, formada por profissionais ligados às instituições envolvidas. "Precisamos renovar o pensamento do fazer teatral, no sentido da formação. Quando a gente se propõe a renovar, é sempre enriquecedor", diz Pedro Ochôa, um dos organizadores.

A aposta também consiste na discussão do desenvolvimento teatral no interior, e na profissionalização dos grupos. "As companhias precisam ter alguém que pense o espetáculo, não é uma tarefa simples", observa Ochôa.

Possibilitar oficinas de instrução aos interessados é uma oportunidade de adiantar, na prática, aquilo com o que estudantes de artes cênicas, por exemplo, só terão o primeiro contato após alguns anos de curso. "O festival vem exatamente por isso, para que a cidade receba uma grande injeção de experiência", diz.

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"Spirulina em Spathódea", da Cia dos Anjos,
se apresenta no dia 8

O embrião do formato atual do festival foi o Festival Maio no Palco, que teve sua segunda edição realizada no ano passado. A opção do Festival de Teatro de Maringá tem um diferencial: todas as peças são de outras cidades. "Achamos por bem não ter nenhuma participação local, pois já temos realizações que promovem materiais nossos. Queríamos algo novo", conta Ochôa.

A seleção, segundo Bárbara Marchi Di Gennaro, responsável pelas apresentações artísticas do Sesc, foi feita por técnicos do segmento teatral, incluindo o teatro amador. "Juntamos uma curadoria do evento para definir isso", conta.

Para Ôchoa, o teatro passa por um momento feliz na cidade. "Conseguimos reativar o festival e com as três instituições. Acredito que o projeto terá vida longa", diz.


Participação
Com os espetáculos premiados na programação do festival, mais da metade das atrações – 12 no total – terão entrada gratuita. As demais, terão entrada a R$ 10, e areceita de bilheteria será usada para pagar despesas técnicas. O mesmo valor é cobrado nas inscrições das oficinas, que devem ser feitas pessoalmente na Diretoria de Cultura da UEM, localizada no bloco A-34.

"A taxa das oficinas será cobrada para que os próprios participantes possam se organizar", diz Ôchoa. Alguns dos cursos oferecidos já estão lotados - outras informações sobre a programação podem ser conferidas no blog do evento: www.festivaldeteatrodemaringa.blogspot.com

Os espetáculos gratuitos não precisam de agendamento das escolas para participação. Segundo Ochôa, é "só aparecer no local e horário e assistir". Muitas peças serão apresentadas em espaços abertos, como praças, restaurante da UEM e até mesmo no Parque do Ingá. Em caso de chuva, alguns dos espetáculos serão transferidos para o Teatro da UEM.

http://www.odiario.com/dmais/noticia/572244/festival-de-teatro-cresce/