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Vestibular da UEM comprova demanda por engenheiros

O aquecimento do mercado da construção civil e da indústria aumentaram a procura pelos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Arquitetura e Urbanismo. Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), os índices de concorrência nos vestibulares mostram que a disputa fica mais acirrada a cada ano.

Em 2010, o vestibular de inverno de Engenharia Civil tinha concorrência de 41 candidatos não cotistas e 22,6 cotistas por vaga. Em 2011, a concorrência entre não cotistas subiu para 56,6/1, e a de cotistas, para 26,7/1. No próximo vestibular de inverno (8 e 10 de julho), a concorrência será de 63,1/1 entre não cotistas e 35/1 entre cotistas.

A disputa por vagas nos cursos de Engenharia Mecânica e Arquitetura e Urbanismo apresentam evolução semelhante, verificada após a divulgação, ontem, do número de inscritos para o vestibular de inverno deste ano na UEM (veja quadros).

"Na história do País, a engenharia civil e a arquitetura nunca estiveram tão bem. O mercado está crescendo muito", comemora o diretor do Centro Tecnológico da UEM, professor Ricardo Dias. Segundo ele, o desenvolvimento econômico e urbano do País acelerou muito, mas a infraestrutura não acompanhou este crescimento.

"Há falta de estradas para escoar a produção e é preciso um sistema de ferrovia avançado, além de portos e aeroportos que atendam à demanda. Agora, o Brasil corre atrás para compensar a falta de infraestrutura, criando cursos especialmente na área de engenharia", observa.

Segundo o professor José Márcio Peluso, do Departamento de Engenharia Civil da UEM, o Brasil tem uma carência de 80 mil engenheiros de diversas áreas. "Este é um dos motivos do aumento da procura pelos cursos de engenharia. Mas a qualidade do ensino oferecido na UEM também conta", diz. Peluso ressalta que a universidade atende às demandas não apenas de Maringá e região, mas de todo o País. "Hoje temos alunos formados na UEM que trabalham no exterior."

A professora do Departamento de Engenharia Têxtil (câmpus de Goioerê) Amélia Morita diz que os acadêmicos concluem o curso com emprego garantido. "Isso aconteceu com os 28 estudantes que ser formaram em 2011. Os Estados que mais contratam são Santa Catarina e São Paulo, e eles procuram os profissionais aqui."

Os estudantes de engenharia comemoram o momento de aquecimento na construção civil e da indústria alimentando boas expectativas. "Espero encontrar um emprego em empresa de construção civil de Maringá ou de qualquer outra localidade.

Grandes eventos, como a Copo do Mundo, ajudam a aquecer o mercado", diz Gabriel Lamas, estudante do 5º ano de Engenharia Civil. Para Matias Brescanzin do Rocio, também estudante, é preciso aproveitar o momento. "Não podemos pensar só em salário; é preciso considerar também o crescimento profissional".



A CONCORRÊNCIA NO VESTIBULAR DE INVERNO 2012


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ALTA PROCURA

http://www.odiario.com/zoom/noticia/572134/concorrencia-na-engenharia-e-arquitetura-disparam/