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Sinteemar cogita greve em universidades em junho

Técnicos das universidades estaduais prometem entrar em greve se o governo do Paraná não apresentar uma proposta, até o próximo dia 5, para o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) , segundo informou ontem o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Rossato.

CRÍTICA
"Há um retrocesso; o governo
está nos empurrando para a
greve"

Éder Rossato
Presidente do Sinteemar

"Ao invés de avançar nas negociações, estamos retrocedendo. Eles (governo) querem acabar com direitos que já temos garantidos por lei", disse Rossato.

Na última sexta-feira, uma assembleia-geral, com participação de aproximadamente 400 servidores no Restaurante Universitário da Universidade Estadual de Maringá (UEM), debateu as negociações relativas ao PCCS.

Segundo Rossato, no dia 21 de maio, foi realizado uma reunião entre representantes sindicais e da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). "Nesse encontro, eles (secretaria) propuseram colocar limitações nas progressões horizontais e verticais de carreira. Recebemos isso com indignação, pois são direitos já previstos por lei. Há um retrocesso; o governo está nos empurrando para a greve", fala Rossato.

Os técnicos das universidades então distribuídos em cargos com ensino fundamental, a exemplo de zeladores, até o ensino superior, em áreas administrativas, advogados, contadores e informática. As progressões horizontais e verticais permitem incremento de salário por tempo de serviço, titulação e cursos realizados na área.

Os sindicatos esperam uma contraproposta do governo até o dia 5 de junho. No dia 6 do mês mês está prevista uma assembleia da categoria. "Estamos esperando por esse plano desde o primeiro trimestre de 2011, quando iniciamos as negociações.

Se não houver avanço e o governo ainda manter essa possibilidade de cortar benefícios já garantidos, com certeza haverá indicativo de greve", afirma Rossato.

Até o dia 5 de junho, os sindicatos planejam realizar atos e reuniões para expor a situação aos técnicos e mobilizar a categoria. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Seti, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

http://www.odiario.com/cidades/noticia/572716/sinteemar-cogita-greve-em-universidades-em-junho/