A possibilidade dos técnicos das universidades estaduais entrarem em greve aumentou após o Governo do Estado adiar a apresentação da contraproposta para o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS). O assunto será discutido em uma assembleia na próxima terça-feira (5), convocada em carater de urgência, a partir das 14h no Restaurante Universitário (RU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Rossato, a reunião para uma nova rodada de negociação deveria acontecer na próxima terça-feira (5)."Quando telefonamos para saber o horário e o local da reunião descobrimos que ela não havia sido agendada. O Plano de Carreira dos servidores não pode ser tratado neste nível de informalidade pelo governo", reclamou Rossato, lembrando que as negociações já se arrastam por mais de um ano.
"Por conta do descaso do governo, ao invés de discutirmos a contraproposta, a assembleia servirá para definirmos os rumos do movimento. Vamos organizar manifestações e paralisações. O governo está nos empurrando para a greve", alerta Rossato.
Os técnicos das universidades abrangem uma vasta categoria, que inclui desde os cargos com Ensino Fundamental, como a zeladoria, até integrantes administrativos, como advogados, contadores, técnicos de informática, de laboratório, entre outros, que necessitam de curso superior. As progressões horizontais e verticais permitem incremento de salário por tempo de serviço, titulação e cursos realizados na área.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado de Administração e Previdência (Seap) informou que a data do dia 5 de junho foi sugerida pelas entidades sindicais durante a reunião do dia 22 de maio, mas não foi confirmada pelo governo por conta da participação do secretário Jorge de Bem em uma congresso em Brasília. Ainda de acordo com a Seap, uma nova data já foi definida: a reunião deve acontecer no dia 15 de junho.