Uma mobilização, formada em sua maioria por servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), pretende paralisar as atividades na instituição nesta terça-feira (12). A partir das 8h30 haverá uma assembleia no Restaurante Universitário (RU) convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino de Maringá (Sinteemar) para discutir melhorias no plano de carreira para técnicos e docentes, entre outras reivindicações.
"Vamos votar a realização de uma passeata amanhã, que deve ocorrer no fim da manhã ou no início da tarde. Nossa intenção é parar as atividades na universidade durante todo o dia como forma de protesto. Acreditamos que haverá adesão de pelo menos 95% dos funcionários, entre servidores e professores", ressalta o presidente do Sinteemar, Eder Rossato. A entidade reúne aproximadamente 2,2 mil técnicos e 800 docentes da UEM .
A Seção dos Docentes da UEM (Sesduem), que congrega cerca de 300 professores, não confirmou a paralisação das atividades. "No entanto, se os servidores, que são responsáveis pela abertura das portas, não realizarem seus trabalhos, será difícil dar aula", indica o presidente do Sesduem, Cid Marcos Gonçalves Andrade.
Protesto
Conforme o presidente do Sinteemar, o protesto pretende mostrar o descontentamento da classe com o Governo do Estado. Uma reunião foi marcada para esta quinta-feira (15) com representantes da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia para discutir o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) dos servidores.
"Desde o ano passado o governo realizou um corte no orçamento das universidades públicas de 30%. É necessário contratações, e o governo vem terceirizando muitos dos serviços da universidade, o que consideramos errado. Também estamos descontentes com o fato de muitos comprometimentos assumidos pelo governo não terem sido cumpridos. Então vamos nos manifestar para defender o capital humano da universidade, que é o que a faz ser reconhecida até internacionalmente", fala Rossato.