Virando a página

Uma história chega ao fim. A Biblioteca Pública Municipal de Maringá – unidade Centro terá seu endereço mudado. Desde 30 de novembro de 1975 localizada na Avenida XV de Novembro, 514, dentro de alguns dias passará a funcionar provisoriamente na Avenida Horácio Raccanello Filho, 6.090, no térreo do Edifício Tom Jobim Residence.

Segundo a secretária de Cultura de Maringá, Flor Duarte, a mudança acontece porque o local não atende às normas exigidas pelo Corpo de Bombeiros e é considerado inapropriado para o uso e sem acessibilidade para todos os públicos.

Desde ontem, a biblioteca está fechada para visitação e empréstimos comuns de livros. A secretária da biblioteca recebe apenas usuários que precisam devolver livros ou que querem o empréstimo dos livros que constam na lista de sugestão de leituras do vestibular da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

A previsão da secretária de Cultura de Maringá Flor Duarte é de que a biblioteca fique fechada por no mínimo 15 dias. Prazo que, segundo ela, as cerca de 30 pessoas, entre funcionários e estagiários, precisam para encaixotar de maneira organizada todo o acervo e depois recolocá-lo no novo imóvel, que a prefeitura locou provisoriamente por R$ 25 mil ao mês.

"Para mexer com o acervo, chegamos à conclusão, com as bibliotecárias, de que é preciso fazer um trabalho bem organizado na hora do encaixotamento, para depois não se perder muito tempo. Com biblioteca, não basta chamar o caminhão de mudanças", diz Flor.

Junto aos aproximadamente 58 mil livros do acervo (11 mil dos quais são para o público infantil) e as mais de 5 mil revistas organizadas no setor de periódicos que contam também com um sem número de edições dos jornais impressos maringaenses, vão se mudar para um novo local histórias de funcionários públicos com mais de 20 anos de casa, estagiários e um público cativo da biblioteca.

Conversando com algumas pessoas da biblioteca, o que se percebe é um misto de alegria pela mudança, já que qualquer um que visita a biblioteca do centro percebe a insalubridade do local (principalmente no subsolo do prédio, onde ficavam as estantes do acervo principal), e a incerteza do futuro da principal biblioteca pública de Maringá.

Flor Duarte torce para que o local definitivo para a construção da nova biblioteca seja divulgado em menos de um ano. Mas afirma que a prefeitura ainda não tem nada definido.

Ela não descarta, por exemplo, de a prefeitura pensar em construir a nova biblioteca no empreendimento imobiliário que deverá existir no terreno da antiga rodoviária de Maringá. Da área construída naquele terreno, 10% será da prefeitura. Mas Flor é cautelosa quanto a isso : "São apenas possibilidades."

Todo o acervo ficará no térreo do Tom Jobim Residence. No primeiro andar, com acesso a elevador, explica Flor, ficarão salas do Centro de Ação Cultural.

As atrações que antes eram agendadas no auditório da biblioteca do centro serão reagendadas em outros locais públicos em Maringá, como no Auditório Hélio Moreira, na Casa de Cultura do Jardim Alvorada e no Teatro Barracão, diz a secretária.

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