Todas as lentes na UEM

De maneira independente, o estudante de História da UEM, Augusto Menim, 20, promove o Fotografa UEM, primeiro concurso de fotografia que tem como foco o próprio câmpus.

A partir de hoje e até o dia 31 de julho, as fotos inscritas vão ficar na fan page criada para o projeto no Facebook para que o público possa acompanhar e "curtir" as imagens. As fotografias mais acessadas e "curtidas" serão classificadas para a avaliação final, feita por um grupo de jurados ligados à área de fotografia e artes plásticas.

O objetivo do concurso cultural é incentivar que os próprios estudantes e frequentadores da universidade tenham um outro olhar sobre a paisagem universitária. Em uma breve caminhada dentro do câmpus, é fácil se deparar com detalhes que, na correria do dia a dia, passam despercebidos.

Arte, música e até mesmo os cães que transitam entre os blocos chamam a atenção do organizador. "Eu acho que a UEM tem muito a oferecer, e as pessoas retratarem a universidade por meio da fotografia seria legal, tem muito a ser valorizado ali dentro", diz.

Não há restrições para os interessados em participar. "Não precisa ser profissional, nem ter um super equipamento. É do jeito que você quiser fotografar, sem censura. Cada um tem uma visão, e o concurso vai ser livre nesse sentido", avisa Menim. Por ser uma iniciativa independente, a premiação será simbólica.

"A proposta é criar o hábito de a pessoa viver mais dentro da UEM, observar mais a universidade", destaca. Após anunciar nas redes sociais sobre o concurso, muitas pessoas que vivenciam a instituição diariamente já demonstraram interesse. "Muita gente já veio perguntar como seria, se podia participar, queriam opinião", conta o estudante. Serão classificados três vencedores.


Blog
A ideia de fomentar essa valorização e proposta dentro do câmpus partiu de um projeto pessoal que Augusto Menim desenvolve desde abril, o Grafite de Porta. Com o apoio da namorada, Débora de Oliveira Martelli, 18, ele criou um blog – www.grafitedeporta.blogpspot.com – que visa chamar a atenção das pessoas para o grafite na cidade e outras produções culturais.

"Maringá tem uma divulgação precária desses outros estilos de arte. Vemos muita programação de música, dança e shows, e essa arte fica esquecida", diz. Foram aproximadamente 10 mil acessos desde então.

Menim e Débora dedicam várias horas à missão de descobrir e apresentar a produção urbana de Maringá. Passeios a pé, de bicicleta e refinar o olhar para os detalhes da própria cidade compõe a rotina do casal desde então. Dessas idas e vindas, mais de dois mil registros foram feitos e parte do que foi exposto no blog começa a dar resultado.

"Tem gente que passou a me enviar material para publicar", conta. De uma arte que até então ele demonstrava pouco conhecimento, hoje, além de instigar a compreensão dos outros sobre o grafite, Menim também ajuda na divulgação desses artistas com entrevistas, dicas de documentários que retratam a temática e, como não poderia faltar, a fotografia.

http://www.odiario.com/dmais/noticia/577758/fotografa-uem-incentiva-cliques-do-cotidiano-do-campus/