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Salários criam divergências

Representantes sindicais dos servidores das universidades estaduais avaliaram como "decepcionante" a reunião com o governo do Estado, sexta-feira passada, em Curitiba. A categoria, que reivindica implantação de plano de carreira, cargos e salários (PCCS), não aceitou a nova proposta do governador Beto Richa (PSDB). Um outro encontro foi marcado para quinta-feira, para tentar um acordo e evitar greve nas instituições estaduais.

Douglas Marçal - 12/06/12

Assembleia na UEM; atividades já foram
paralisadas várias vezes no ano

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Rossato, considera que houve "retrocesso nas negociações" dos encontros anteriores. "Na questão de gratificações, salários e promoções, Richa manteve aquilo que estava ruim e retirou o que era razoável."

Rossato disse ainda que o governador "alegou que a lei de responsabilidade fiscal e a falta de caixa" não permitem cumprir acordo firmado na reunião do dia 24 de abril.

O sindicato pede contratação de funcionários por concurso público e plano de ascensão de carreira por progressão ou promoção de cargo mediante realização de pós-graduação.

Mas o governo condiciona as promoções à disponibilidade de vagas. "Isso é complicado. Ele (Richa) assume que se faz muita hora extra na UEM, mas não aceita que faltem funcionários", pondera.

Como reflexo, servidores de universidades de Maringá, Guarapuava e Ponta Grossa se reúnem hoje para discutir um indicativo de greve. Em Londrina e Cascavel as assembleias ocorreram ontem. A categoria pretende optar por recursos como paralisações e conscientização da comunidade, mas não descarta parar as atividades na volta às aulas.

OPÇÕES


“Não é o anseio da
categoria entrar em greve.
Mas se não tiver outro
jeito, vamos fazer.”

Éder Rossato
Presidente do Sinteemar

A UEM está de recesso desde ontem e permanece até 17 de julho."Tem o problema das férias. É um período em que o câmpus está esvaziado. Foi por isso que o governo endureceu nas negociações", salientou.

"Não é o anseio da categoria entrar em greve. Mas se não tiver outro jeito, vamos fazer", afirmou. Hoje à tarde haverá assembleia no Restaurante Universitário (RU) da UEM, para informar o teor das negociações em Curitiba aos servidores.

http://www.odiario.com/cidades/noticia/578253/salarios-criam-divergencias/