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UEM aprova indicativo de greve para 1º de agosto

Alegando dificuldades em estabelecer negociações com o governo do Estado, servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) aprovaram ontem, em assembleia, indicativo de greve para o dia 1º de agosto.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Rossato, o objetivo é mostrar para o governo que, se os anseios dos técnicos e docentes não forem atendidos, a greve será decretada.

Após definir como uma "tragédia" o encontro com o governo no dia 15, Rossato estará novamente em Curitiba amanhã para outra rodada de negociações. "Nós, do Sinteemar, não temos expectativas positivas. Iremos para mostrar que estamos dispostos a conversar", disse.

Ele explica que as universidades estaduais de Cascavel (Unioeste) e Londrina (UEL) aprovaram no dia 18 um indicativo de greve para a primeira quinzena de agosto, mas a intenção é unificar a data e agilizar as decisões.

Na quinta-feira, também será discutido com representantes de outros sindicatos a realização de paralisações, que podem ser pontuais ou gradativas, realizadas em cada universidade em conjunto no Estado.

Outra possibilidade é que as paralisações atinjam o próximo vestibular da UEM. As decisões serão tomadas nesta sexta-feira, durante assembleia no Restaurante Universitário (RU), a partir das 14 horas.

UNIVERSO

2,2 mil
técnicos compõem o quadro administrativo da
Universidade Estadual de Maringá

800
professores são do quadro docente da
universidade. A maioria deve parar no dia 1º/8

De acordo com Rossato, nos últimos anos a UEM cresceu 150% em número de alunos e cursos, mas o Estado não ofereceu contrapartidas, liberando a contratação de mais funcionários, por exemplo.

"Nenhum dos compromissos assumidos com os técnicos e docentes foi mantido, com a alegação de que falta dinheiro." Ainda segundo ele, o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos docentes já foi negociado e aceito pela categoria, mas não foi encaminhado para a Assembleia Legislativa para que se transforme em lei.

Com relação ao plano dos técnicos, tudo está parado. "O governo ainda quer tirar benefícios, como as progressões horizontais e verticais, que permitem incremento de salário por tempo de serviço, titulação e cursos realizados na área", listou Rossato.

Ele citou também a questão das horas extras como um problema grave enfrentado pelos servidores. "O governo não pode liberar hora extra, mas fala em terceirizar atividades".

http://www.odiario.com/cidades/noticia/578577/servidores-da-uem-aprovam-indicativo-de-greve/