Os servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) se reuniram na tarde desta sexta-feira (22), em assembleia, e aprovaram o calendário de paralisações e mobilizações em protesto ao atraso na restruturação no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Eles também mantiveram o indicativo de greve para o próximo dia 1º de agosto.
A assembleia ocorreu um dia após uma nova rodada de negociação entre os sindicatos que representam a categoria e o Governo do Estado. No encontro de quinta-feira (21) em Curitiba, o governo propôs uma nova metodologia de trabalho para organizar o PCCS que exclui os reitores das universidades estaduais do Paraná.
Segundo o presidente do Sindicato em Estabelecimentos de Ensino em Maringá (Sinteemar), Éder Rossato, a proposta foi aceita pelos servidores, porém com ressalvas. "Nós aceitamos que os trabalhos fiquem a cargo das centrais sindicais, mas queremos a participação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Secretaria da Administração e Previdência (Seap) para garantir que as discussões não fiquem apenas na conversa", diz.
Outra ação do movimento será o envio de expedientes a autoridades políticas - prefeitos, vereadores, deputados e senadores - de Maringá e demais cidades onde a UEM se faz presente através de extensões como intuito de informá-los sobre a política do governo estadual frente às universidades.
"Neste documento serão relatados os cortes de verbas, as condições de trabalho de professores e servidores e, principalmente, a falta de valorização do capital humano demonstrado por meio da demora e descaso com a restruturação dos PCCS", diz Rossato.
Ainda segundo o presidente do Sinteemar, as autoridades serão convidadas a participar dos atos e das audiências públicas previstas no calendário de mobilização. "Essa briga não é só dos servidores, até porque a UEM não pertence a categoria, a UEM é da comunidade", justifica.
Sobre uma possível interferência no concurso vestibular de inverno da UEM, Rossato diz que a possibilidade não foi descartada e será debatida no proximo dia 29 de junho.
A primeira paralisação vai acorrer em Cascavel com a participação dos sindicatos de todas as universidades estaduais. Em Maringá, os atos estão agendados para a segunda quinzena de julho. O calendário prevê mobilizações e paralisações até o início de agosto, data do indicativo de greve e fim do recesso acadêmico em todo o Estado.