Uma assembleia com mais de 800 técnicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi realizada na manhã desta quarta-feira (5) no Restaurante Universitário (RU). Com apenas 15 votos contrários e quatro abstenções, eles aprovaram a deflagração de greve a partir da próxima terça-feira (11). A UEM possui aproximadamente 2500 técnicos nos cinco campi. A paralisação não abrange os professores da instituição, que realizaram acordo com o governo há duas semanas.
Na Unioeste (Cascavel) os técnicos estão em greve desde quarta-feira (4). As universidades estaduais de Ponta Grossa e Londrina também prometem paralisar as atividades após o dia 11. Na Unicentro (Guarapuava) a assembleia será realizada nesta quinta-feira (6).
"Estamos em negociação há mais de um ano e não tivemos evolução", diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Rossato.
Rossato afirma que o Estado havia assumido o compromisso de conceder reajustes de cerca de 35% para os técnicos de nível fundamental, 20% para os de ensino médio mantidos pelas universidades e 6% para os de nível superior.
"Eles apresentaram um outro projeto nesta terça-feira, diferente do que já havia sido combinado, ou seja, estão nos enrolando, por isso decidimos pela greve", diz Rossato.
A categoria também exige a reestruturação da carreira dos servidores. "Hoje o servidor recebe um acréscimo no salário a cada título que conquista. Queremos que o Governo transforme esse direito em lei. Havia a promessa que eles iriam apresentar a minuta do projeto, mas nada foi feito", aponta.
Seti
Em nota, a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) diz que estabeleceu o final deste mês de setembro como a data em que a minuta da lei que trata do plano de cargos e salários da categoria seja enviada à Assembleia Legislativa; e o mês de fevereiro do próximo ano para a implantação da nova tabela salarial. A negociação entre o governo, as universidades e os sindicatos continuarão.