O curso de Medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM) completa 25 anos e, em outubro, realiza uma semana de estudos para comemorar a data. São esperadas 300 pessoas para três eventos: o 1º Congresso de Medicina da UEM, a 17ª Semana da Medicina e o 1º Encontro de Residentes do Hospital Universitário (HU). As atividades ocorrem entre os dias 2 e 4 de outubro.
As discussões vão tratar da nova metologia de ensino, importância da informática na formação médica e do fortalecimento do vínculo médico-paciente. Profissionais de projeção nacional vão ministrar palestras. Na abertura, ex-chefes do departamento e ex-coordenadores do curso serão homenageados.
A atualização da grade curricular será tema de mesas-redondas. O professor Edson Arpini Miguel, presidente da comissão organizadora do congresso e coordenador adjunto do curso, diz que este é o momento de rediscutir o currículo para que os futuros médicos atendam tanto ao mercado quanto à demanda da população. "É importante visualizar a necessidade de saúde da população, mas infelizmente as pessoas visualizam muito o mercado."
Em 2011, o curso de Medicina da UEM foi eleito o melhor do País em avaliação do Ministério da Educação (MEC). A graduação ficou em primeiro lugar no ranking do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que tem a nota do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) como base. A Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e a Federal do Rio de Janeiro que ficaram em segundo e terceiro. "Isso traz responsabilidade grande de manter o padrão de qualidade e de aprimorar o que se faz de melhor na escola", considera Miguel. "Existe comprometimento entre corpo docente e discente", avalia Carlos Edmundo Rodrigues Fontes, coordenador do curso de Medicina.
A graduação foi implantada em 1988 e reconhecida pelo MEC em 1995. Foi preciso firmar convênio entre prefeitura e universidade para o curso abrir a primeira turma. Por 6 anos, o município comprou equipamentos, repassou dinheiro à UEM para construir blocos didáticos e incorporou à universidade o antigo posto de saúde da Avenida Mandacaru, que se tornaria o HU.
O prefeito na época, Said Ferreira, tomou a frente do projeto e, em 1985, encomendou um estudo à Secretaria Municipal de Educação para comprovar a viabilidade de implantação dos cursos de Medicina e Odontologia. Apesar de a pesquisa ter apontado carência de 185 vagas de Medicina e 98 de Odontologia no Estado, a UEM rejeitou a proposta por temer altos investimentos. Só 2 anos depois, com a assinatura do convênio, a criação das graduações foi aprovada.
Duas décadas e meia mais tarde, o curso eleito o número um do Brasil pelo MEC sofre com um hospital escola inacabado. O HU, projetado para 300 leitos e 27,8 mil metros quadrados, tem hoje 8,9 mil metros quadrados e 123 leitos. "O curso tem dependência de um bom hospital, e se o projeto estivesse completo seria melhor não só para a população, mas para os alunos", diz Fontes.
As inscrições para o congresso serão abertas no dia 1º de agosto. O local e o horário do evento ainda não estão definidos.
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