A manhã desta quinta-feira (25) será marcada por dois protestos na Universidade Estadual de Maringá (UEM), nos campus sede e de Umuarama. As reivindicações dos cursos de Educação Física, Agronomia e Veterinária, são por melhorias na estrutura física e contratação de professores e técnicos.
A manifestação em Maringá, promovida por estudantes e funcionários de Educação Física, começa às 9h e será em frente à reitoria. Os manifestantes pretendem entregar ao reitor da instituição, Julio Santiago, uma pauta com 57 reivindicações.
"Nossos problemas variam de falta de professores, bebedouros que não funcionam a ratos na sala de aula. Outro dia, para se ter uma ideia, um ventilador pegou fogo no meio de uma aula", diz o professor Paulo Vitor Suto Aizava. "Quando chove, cai mais água dentro da quadra coberta do que fora."
Agronomia
Em Umuarama, o protesto, com início marcado para as 8h30, é organizado pelos centros acadêmicos de Agronomia e Veterinária. Um dos organizadores, Luan Ferro, acadêmico do 2º ano de Agronomia, diz que entre os principais problemas estão a falta de professores e a estrutura dos laboratórios. "O campus está esquecido", diz.
Segundo Ferro, na volta das férias de junho, os alunos tiveram uma surpresa: o corte de professores colaboradores. "Temos 73 disciplinas em Agronomia, 35 delas aplicadas por professores colaboradores. Foi encerrado o contrato de cinco professores e só sobrou um. É humanamente impossível que um só professor administre 35 disciplinas", diz.
De acordo com Ferro, os problemas se estendem aos laboratórios, com docentes comprando com recursos próprios materiais para uso nas aulas. "Se o professor não comprar com o próprio salário, o ensino fica prejudicado."
Veterinária
Mayara Mori, acadêmica do segundo
ano de Veterinária, diz que os calouros correm o risco de não passarem
de ano por falta de disciplinas básicas.
"Cortaram a vaga do professor de Anatomia, encerraram o contrato da professora que dava aula de Citologia, Histologia e Genética. O risco é o pessoal do primeiro ano não conseguir passar para o segundo."
De acordo com Mayara, outras reivindicações são a reforma do aviário e o início do funcionamento do restaurante do campus. "O aviário está com o teto caindo há 1 ano e o restaurante está pronto, mas não funciona. Estamos esquecidos", relata.
Histórico
Nos últimos anos, os protestos de
estudantes têm sido frequentes em Umuarama. Em 2011, cerca de 600
acadêmicos do Campus de Tecnologia paralisaram as aulas, para cobrar,
entre outros itens, a contratação de mais professores e construção de
laboratórios. Naquele mesmo ano, dezenas de estudantes invadiram a
reitoria em Maringá em uma manifestação que cobrava melhorias em
diferentes setores, como o Restaurante Universitário.
Já no ano passado, cerca de 300 estudantes de diferentes cursos fizeram uma passeata na região central de Umuarama, cobrando melhorias na infraestrutura, a exemplo de salas de aula e laboratórios.
http://maringa.odiario.com/maringa/noticia/760117/estudantes-reivindicam-melhorias-na-uem/