Prefeitura concorda com sugestão da universidade
Alternativa é a construção de via a leste do campus
Proposta ainda está sujeita a análise de conselhos
A prefeitura e a Universidade Estadual de Maringá (UEM) estão
próximas de um consenso sobre o sistema viário no entorno da
instituição de ensino superior. Segundo a Secretaria de Planejamento
Urbano, o município concorda com a proposta apresentada pela Comissão
de Estudos do Sistema Viário da UEM de, em vez da transposição, fazer
um "contorno leste", o que minimiza impactos, praticamente não secciona
o campus e não afeta a Estação Climatológica. O objetivo é desafogar o
tráfego entre o centro e as zonas norte e oeste da cidade. A primeira
proposta da prefeitura era fazer a transposição por túnel.
O
secretário de Planejamento Urbano, Laércio Barbão, diz que aguarda a
resposta da UEM ao ofício encaminhado à Reitoria no dia 5 de outubro. No
documento, o município reitera concordância com a proposta da
universidade. "Temos prazo até março para protocolar o projeto executivo
na Caixa Econômica Federal", avisa Barbão. Em março deste ano, o
governo federal anunciou recursos do Plano de Aceleração do Crescimento
(PAC-2) – Mobilidade Cidades Médias, que prevê intervenções urbanas -
inclusive o contorno leste da UEM. O prolongamento das Avenidas Duque de
Caxias, Lauro Werneck e Itamar Orlando Soares já dispõe de verba.
A
presidente da Comissão de Estudos do Sistema Viário da UEM, Celene
Tonella, confirma o recebimento do ofício da prefeitura. O documento foi
anexado ao projeto do contorno, que atualmente está sob análise do
Conselho Administrativo (CAD). "E após a análise do CAD, o projeto vai
para o Conselho Universitário (COU), onde os estudantes têm
representação", explica.
Celene ressalta também que, embora a
prefeitura tenha concordado com a proposta da Comissão de Estudos, há
ainda algumas incongruências em termos técnicos. "São a largura e a
área que a UEM vai disponibilizar. Mas o principal, que é a
não-construção de um traçado em forma de 'Y', foi superado. As
propostas coincidem sobre a construção de um 'braço' da via no terreno
da UEM", diz. Ela ressalta que o poder público municipal e a UEM
poderão chegar a um denominador comum. "Agora, a expectativa é de que
com a cessão do terreno por parte da universidade, haja uma
contrapartida da prefeitura, como consta do processo que já está sendo
discutido", completa.
As sugestões debatidas são vistas com
preocupação pelos técnicos da Estação Climatológica da UEM, que tem
equipamentos para medição de temperatura há 33 anos no mesmo local.
RECURSOS
120 milhões de reais são os recursos do PAC-2 para mobilidade urbana, pavimentação e saneamento em Maringá
http://www.odiario.com/cidades/noticia/783151/contorno-da-uem-esta-perto-de-consenso/