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Universidade Estadual de Maringá em debate

Professor-doutor do Departamento de Física da Universidade Estadual de Maringá, coordenador do Mestrado Profissional em Ensino de Física da UEM e vice-presidente da Associação dos Docentes da UEM (Aduem) A legislação atribui às universidades a missão do ensino, da cultura e da extensão, além da condução da pesquisa científica em território nacional. Por isto subsiste a percepção pública de que a universidade deve ocupar posição de vanguarda oferecendo soluções práticas a problemas da sociedade, e que o seu ambiente deva favorecer a inovação incentivando a criatividade e o empreendedorismo.

No entanto, em termos dos resultados alcançados, como seus profissionais e a sociedade avaliam o desempenho da universidade? Qual o grau de satisfação com o que é produzido? Como conciliar metas institucionais com expectativas da comunidade sem se preocupar com a gestão universitária? Em que nível estamos satisfeitos com o nosso desempenho e administração da universidade?

De fato, o reconhecimento de pontos frágeis no funcionamento de uma instituição é algo estratégico para corrigir rumos. E, neste sentido, com um pouco de criatividade talvez tenha maior eficácia comprometer-se com o que pode ser feito em vez de insistir em conhecidas reivindicações recorrentes por comodismo ou segurança.

A esse respeito em especial, considerando a proximidade da eleição do reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), a identificação de vulnerabilidades no ambiente físico, social e profissional da universidade pode servir de subsídio ao debate da sucessão reitoral.

Então, sendo realistas num prazo de 4 anos, quem sabe devêssemos nos concentrar na correção de situações como a inexistência de uma política de cultura na instituição, a falta de apoio interno aos pesquisadores iniciantes, a presença de duplicações/redundâncias de instalações e equipamentos, a indeterminação de uma política de inserção de novos docentes na pós-graduação, a carência de dotação própria à pró-reitoria de ensino para financiar a graduação, a falta de código de conduta à comunidade universitária em eleições, a indefinição de políticas específicas para os campi/extensões.

Ainda, a necessidade de modernização da segurança do campus, proteção da frota institucional, integração dos órgãos de comunicação institucional, implementação de projeto paisagístico, política de benefícios de RH (auxílio-alimentação, plano odontológico...), construção do Centro Administrativo da UEM, entre outros.

Por fim, por que não? 1) negociar área/terreno em Maringá para a instalação do Campus 2 da UEM como moeda de compensação à cessão de recortes territoriais do campus sede para a construção do contorno da UEM? 2) financiar a assistência estudantil com as taxas do vestibular?

http://www.odiario.com/opiniao/noticia/845566/universidade-estadual-de-maringa-em-debate/