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Quatro disputam reitoria da UEM




Eleições serão no dia 18 de agosto
Conheça algumas das propostas

Com um orçamento de R$ 520 milhões para 2014, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) representa um desafio administrativo e político. Sob esse prisma, a instituição se prepara para eleger o novo reitor, no dia 18 de agosto. Quatro chapas foram homologadas. O cargo hoje é ocupado pelo professor Júlio Santiago Prates Filho. São quatro anos de mandato, sem reeleição.

Segundo Prates Filho, o novo reitor terá pelo menos dois desafios importantes. O primeiro é a luta pela autonomia financeira e administrativa. "Hoje temos autonomia didática, pedagógica e científica, mas não podemos, por exemplo, contratar professores (as contratações são feitas pelo Estado)", considera.

Outra questão é a realização de um trabalho que reúna as universidades públicas na busca de apoio financeiro pelo governo federal. Para Prates Filho, o próximo reitor terá o desafio de dar continuidade a um legado cultural e científico de garantir e manter a excelência no ensino.

As quatro chapas já apresentaram propostas. Para a "Você Pode. Juntos Podemos Mais", com Mário Azevedo para reitor e Paulo Fernando Soares para vice, é preciso procurar um novo modelo de financiamento público, inclusive por intermédio de fontes federais, buscando a autonomia universitária.

A chapa "Atuar e Mudar", com Mauro Baesso como candidato a reitor e Júlio Damasceno como vice, propõe, entre outras coisas, priorizar a graduação e pós-graduação, repor e motivar os agentes universitários e docentes e efetivar os temporários.

A "UEM Autônoma, Democrática, Participativa, Transparente e Sustentável" tem como candidato o professor Mauro Ravagnani, e a professora Maria Célia Cortez Passetti como vice. Entre outros planos, há a proposta de luta pela implantação de um projeto de autonomia administrativa e financeira nas instituições estaduais.

Para a chapa "Universidade Pública Sempre: novos desafios", com Décio Esperandio para reitor e Sandra Marisa Pello para vice, é preciso aproveitar o capital humano e científico da UEM para captar recursos para projetos estratégicos em diversas áreas do estudo acadêmico e científico.

CHAPA 1: MÁRIO AZEVEDO (REITOR) PAULO FERNANDO SOARES (VICE)
'Liderança de gestão'

1 Como vocês avaliam a atual gestão?
— Nos últimos três anos e meio o governo adotou uma política restritiva em relação às universidades estaduais. Diante deste quadro a atual administração não conseguiu convencer o governo a atender nossas reivindicações. Não houve o exercício da liderança para fazer frente a essas dificuldades.

2 Qual o diferencial da chapa?
— Nossa proposta é de uma liderança de gestão que reúna a comunidade interna e externa, apontando rumos e diretrizes, unindo-as nesse projeto de universidade. Defendemos um ensino superior de qualidade, com valorização daqueles que compõem a comunidade universitária.

3 Qual a sua opinião sobre a transposição da UEM?
— Reconhecemos a delicada situação em relação à gestão do território do campus sede. Essa candidatura entende que a universidade nunca se furtou a colaborar com prefeitura de Maringá e a comunidade na busca de soluções para as demandas viárias que colocam o campus no centro deste debate. Defendemos que a UEM seja colocada no centro da discussão sobre a mobilidade urbana da cidade como um todo.

CHAPA 2: MAURO BAESSO (REITOR) JÚLIO DAMASCENO (VICE)
'Serenidade e justiça'

1 Como vocês avaliam a atual gestão?
— A UEM vivencia um momento critico em sua gestão e está paralisada na maioria de seus setores. O ensino de graduação agoniza pela falta de professores, técnicos e infraestrutura. Esta é a consequência das políticas adotadas nos últimos anos na universidade, em que a máquina pública tem sido usada para benefícios pessoais, deixando o projeto de uma universidade de qualidade em segundo plano.

2 Qual o diferencial da chapa?
— Não temos vínculo algum com a atual reitoria. Pretendemos gerir a universidade com serenidade e justiça, respeitando as decisões dos conselhos superiores. Nossa proposta prioriza uma universidade pública de qualidade e autônoma, em contraposição a projetos pessoais de perpetuação no poder.

3 Qual sua opinião sobre a transposição da UEM?
— A posição da chapa 2 é a de defender o espaço físico da UEM. Qualquer decisão que implique em alteração na estrutura dos campi é de competência dos conselhos superiores, que podem ouvir a comunidade antes da tomada da decisão final.

CHAPA 3: MAURO RAVAGNANI (REITOR) MARIA CÉLIA CORTEZ PASSETI (VICE)
'Experiência administrativa'

1 Como vocês avaliam a atual gestão?
— A atual gestão teve pouco apoio do governo do Estado. Houve corte de recursos e uma relação muito ruim com o TCE. Isso dificultou o trabalho. No entanto, internamente também houve muitos problemas. Foi uma gestão extremamente centralizada na Pró-Reitoria de Administração, e não foi feita uma boa gestão com os conselhos superiores. Faltou tomada de posição em assuntos importantes. Também faltou representatividade frente a comunidade.u.

2 Qual o diferencial da chapa?
— Nossa chapa possui liderança acadêmica e um grande experiência administrativa. Queremos que a autonomia da UEM seja de fato efetivada. Pretendemos dar enfoque na sustentabilidade e apoiar as artes e a cultura. Pretendemos fazer com a graduação o mesmo que fizemos com a pós-graduação e a pesquisa.

3 Qual a sua opinião sobre a transposição da UEM?
— Achamos que este problema precisa ser resolvido e precisamos de uma solução que não seja um túnel. Entendemos que os contornos Leste e Oeste podem resolver o problema.

CHAPA 4: DÉCIO SPERANDIO (REITOR) SANDRA MARISA PELLOSO (VICE)

'Transformar e construir'
1 Como vocês avaliam a atual gestão?
— As questões operacionais demandam um choque de gestão, para solucionar problemas diários. As questões estratégicas devem ser quantitativas e qualitativas, avaliadas através dos resultados alcançados pela instituição. E esta tarefa cabe aos conselhos superiores.

2 Qual o diferencial da chapa?
— Acompanhamos a UEM desde sua criação, e cremos que o conhecimento da instituição é pré-requisito para criar oportunidades que transformam o presente e constroem o futuro. Prescindir da história e da memória da UEM seria um equívoco. Por isso temos a convicção de que podemos contribuir com os rumos deste patrimônio científico e cultural que é a nossa UEM.

3 Qual a sua opinião sobre a transposição da UEM?
— Respeitaremos o Plano Diretor da UEM, aprovado pelos conselhos superiores, que deve ser um plano inovador de mobilidade, contemplando pedestres, veículos e portadores de necessidades especiais. Quanto à forma de transposição, uma das ideias seria a construção de um anel viário do campus, fruto de um debate com a comunidade.

http://www.odiario.com/cidades/noticia/847592/reitoria-da-uem-e-disputada-por-quatro-candidatos/