Imprimir

Acadêmicos vão às urnas para eleger novo DCE da Universidade Estadual de Maringá

Nesta quarta-feira (5), os quase 22 mil estudantes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e dos campi regionais poderão votar na eleição que definirá qual das três chapas concorrentes vai assumir o Diretório Central dos Estudantes (DCE) - para mandato de um ano. São 31 urnas dispostas nos campus e, para votar, os estudantes devem obrigatoriamente apresentar o Registro Acadêmico (RA). A chapa eleita terá 15 dias após o resultado para tomar posse, substituindo a atual coordenação do DCE, "Agora Só Falta Você".

"A nossa expectativa é que pelo menos 3 mil alunos votem. É importante que todos participem. É o diretório que representa os acadêmicos perante os órgãos dentro da UEM e o governo", pontua o presidente da comissão eleitoral, Gabriel Tanaka Paraíso.

A chapa 1, Contra-corrente, defende o combate às opressões – machismo, racismo e homofobia - dentro e fora da instituição. O grupo, que retoma parte da "Movimente-se", chapa que coordenou o DCE por duas gestões, ainda defende a reabertura imediata do Restaurante Universitário e a cobrança do mesmo preço praticado anteriormente, a contratação de mais professores e técnicos administrativos e maior assistência estudantil. "A casa do estudante que está parada, por exemplo, seria uma forma de manter estudantes de baixa renda estudando", argumenta Alex Raval Bertozzi, coordenador geral da chapa 1.

A chapa 2, Avante!, declara-se um grupo sem ligações partidárias e com uma proposta embasada em cinco ramificações: assistência estudantil, participação estudantil, acesso à universidade, convivência e sustentabilidade. "Queremos criar um conselho com professores, técnicos, seguranças e acadêmicos também para discutir a questão da segurança interna", observa a coordenadora financeira, Tônia Carla de Souza. Outra proposta bastante pontuada é em relação à sustentabilidade voltada para toda a comunidade e a melhor comunicação com os alunos.

A "Voz Ativa", chapa 3, defende uma política horizontal e a autonomia universitária. "Nossa principal proposta é reforçar o movimento estudantil para que os estudantes tenham realmente força política", diz a integrante Iara Beatriz Spadrezane. Uma das atuações, se eleita, é combater o atual sistema representativo e eleitoral interno da UEM e garantir a participação ampla e transparente dos estudantes nas decisões do DCE.

Outras questões
Sobre a eleição da nova Reitoria, todas as chapas afirmam ser uma mudança importante para a universidade a alternância de poder, mas não acreditam que todos os problemas da instituição sejam resolvidos por conta disso. Os grupos defendem a reivindicação e a força do movimento estudantil frente às necessidades na universidade. Para o atual reitor, Mauro Baesso, a intenção é manter o diálogo aberto com os universitários. "Tudo o que se faz dentro da universidade é para a formação dos estudantes", destaca.

Quanto aos saraus, as três chapas defendem uma mudança no antigo formato praticado e a criação de um espaço adequado, com segurança, para a realização do sarau como foi idealizado: uma reunião para o intercâmbio cultural gratuito à comunidade. "Uma das alternativas é a construção da concha acústica, um espaço importante que comportaria essas atividades", diz Bertozzi, da chapa 1. "Queremos a responsabilização a respeito do sarau para não haver mais depredação ou roubo dentro do campus", enfatiza Tônia, da chapa 2. "O sarau, nos moldes que ele vinha acontecendo, perdeu o sentido. Queremos resgatar o seu teor cultural", revela Iara, da chapa 3.

VOTAÇÃO
Concorrem três chapas: Contra-corrente, Avante! e Voz Ativa
Horário: 7h30 às 23h
Quando: Hoje
Quem pode participar: Estudantes devidamente matriculados na UEM

 

http://maringa.odiario.com/maringa/noticia/1224086/tres-chapas-concorrem-as-eleicoes-do-dce-da-uem/