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Para começar bem 2015

11º Feverestival – Festival Internacional de Campinas acontece em fevereiro do ano que vem
Edital de chamamento para grupos de pesquisa que queiram participar vai até 3 de dezembro

Após festejos e paradeiras de final e começo de ano, o calendário teatral do País tem no Feverestival – Festival Internacional de Teatro de Campinas uma de suas primeiras grandes datas em 2015. Para o ano que vem, a décima primeira edição do festival propõe uma verdadeira maratona cultural durante 15 dias, com mais de 60 atrações, entre 31 de janeiro e 13 de fevereiro.

Tendo como principal objetivo fomentar e divulgar os trabalhos de teatro realizados por grupos de pesquisa, foi aberto este mês um edital de chamamento para espetáculos de todo o País. Quem almeja uma participação no tradicional festival campineiro tem, portanto, até 3 de dezembro para se inscrever. Informações, no site: www.feverestivalcampinas.blogspot.com.br.

O regulamento, disponível na página eletrônica, prevê quatro categorias: espetáculo adulto (três selecionados), espetáculo infantil (dois), espetáculo de rua (três) e cenas curtas (doze). Nesta última categoria podem se inscrever: cenas teatrais, cenas de dança, números musicais ou circenses, contação de história, narrações, instalações, intervenções performáticas etc., com duração de no máximo 15 minutos.

A assessoria do evento informa que, além dos espetáculos selecionados, o Feverestival também contará com apresentações de espetáculos convidados. No entanto, a programação completa só será revelada em janeiro. Já a divulgação da lista dos espetáculos selecionados está prevista para 16 de dezembro, pelo site.

Os espetáculos inscritos serão analisados e escolhidos por uma curadoria composta por dois representantes do Núcleo Feverestival, um representante do Sesc/SP e mais quatro curadores convidados. A escolha será feita conforme os critérios de qualidade artística; coerência da proposta com os princípios e características do evento e da temática proposta pelo festival, e viabilidade da proposta segundo as possibilidades técnicas. Os espetáculos selecionados receberão um cachê/ajuda de custo de R$ 4.500, e as cenas curtas, R$700, para viabilizar a participação.

Fomento
"A abertura de edital – já realizado em edições anteriores, com exceção da 10ª, que foi uma edição comemorativa –, possibilita que o festival atinja seu principal objetivo que é fomentar e divulgar trabalhos de teatro realizados por grupos de pesquisa. Tanto de coletivos já solidificados no mercado quanto de novos artistas", comenta uma das diretoras do Feverestival, Érika Cunha.

Esta edição traz como fio condutor o motivo "Cenários Compartilhados", com uma programação que procura levantar discussões sobre a relação entre o homem e as fronteiras sociais, políticas, culturais e artísticas, tornando o festival mais permeável e interdisciplinar com outras áreas do saber artístico e do conhecimento filosófico e científico. "Dentro da temática, nossa proposta é romper barreiras físicas e virtuais, para criar um festival de múltiplas linguagens – teatro, dança, circo, performance, fotografia, grafite e artes visuais", define Cynthia Margareth, também diretora do festival.

PROGRAME-SE
11º FEVERESTIVAL – Festival Internacional de Teatro de Campinas
De 31 de janeiro a 13 de fevereiro
Inscrições, até 3 de dezembro
Informações e inscrições: feverestivalcampinas.blogspot.com.br


NA RUA. Intervenção em ponto de ônibus durante a décima edição do Feverestival, no início deste ano. —FOTO: MAYCON SOLDAN


INTERVIU. A atriz maringaense Gabi Fregoneis na intervenção performática "Made in BraSil #1": "trabalho surgiu de uma inquietação minha frente à supremacia da cultura capitalista americana no Brasil". —FOTO:
RODOLFO LO BIANCO

MARINGAENSE QUER PARTICIPAR

A atriz, diretora e professora de teatro da UEM Gabi Fregoneis leu e se interessou, na última sexta-feira, pelo edital do 11º Feverestival – Festival Internacional de Teatro de Campinas. Imediatamente recordou-se da intervenção performática "Made in BraSil #1", executada por ela no mês passado em espaço público dentro da universidade.

"Gravei um texto no iPhone e fico sentada com a boca tampada e os olhos arregalados (lembrando uma cena de tortura). Fico sentada e, ao meu lado, um cartaz com um 'Me Escuta' escrito em sangue artificial. O espectador interage ouvindo o texto no celular e escrevendo coisas em sangue no meu corpo. A performance traz essa reflexão sobre a supremacia da cultura capitalista. Porque o nome do nosso país é escrito com Z no exterior e não com S", explica ela.

Doutoranda em Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena na Unicamp, Gabi elogia o hibridismo que diz existir na cena teatral em Campinas. "O Feverestival privilegia a cena artística híbrida contemporânea, apresentando a possibilidade de participação de inúmeras linguagens cênicas: cenas curtas, performances, teatro de rua, clown etc. Tenho sim a intenção de inscrever 'Made in BraSil #1', performance que surgiu de uma inquietação minha frente à supremacia da cultura capitalista americana no Brasil."

http://www.asc.uem.br/uemnamidia/administrator/index.php?option=com_content&task=add