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Abertura de empresas recua e fechamento tem aumento

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Edição impressa de Sexta-Feira, 16 de Janeiro de 2015.

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  • 16/01/2015 às 02:00    -    Atualizado em 16/01/2015 às 02:00

  • Abertura de empresas recua e fechamento tem aumento

  • Ederson Hising



Balanço da Junta Comercial mostra que redução foi de 13,3% no período de janeiro a novembro
Já a quantidade de estabelecimentos comerciais que fecharam as portas registrou alta de 4,2%

Em meio a um cenário econômico instável no ano passado, que gerou insatisfação no empresariado quanto às políticas adotadas pelo governo federal, a abertura de empresas em Maringá e região registrou recuo de 13,3% entre janeiro e novembro de 2014 ante o mesmo período do ano anterior, saindo de 3.883 para 3.366 estabelecimentos.

Por outro lado, a quantidade de empresas que fecharam as portas aumentou 4,2% na mesma base de comparação, de 1.040 para 1.084, de acordo com balanço da Junta Comercial do Paraná (Jucepar).

Os números da região, que além de Maringá compreende mais 19 municípios, acompanham as médias estaduais de 13,3% a menos de abertura de firmas e de 4,49% a mais de fechamentos. O desempenho de Maringá e região foi o segundo melhor do Estado, atrás apenas de Curitiba. Fico à frente de Londrina, que aparece na terceira posição.

O economista do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), João Ricardo Tonin, diz acreditar que a incerteza dos empresários diante das quedas no consumo, na taxa de crescimento, do nível de empregos, sobre os aumentos das taxas de juros e inflação, além da menor demanda por produtos brasileiros e da elevação da taxa de câmbio, influenciou negativamente no resultado. "Outro fator que contribuiu para o desempenho menor ano passado foram os grandes eventos, a exemplo da Copa do Mundo. Criou-se uma expectativa de demanda para a região que não foi configurada", avalia o economista. Segundo ele, a indefinição da política nacional fez com que os empresários deixassem de investir, provocando redução na produção e na demanda por mão de obra.

O economista e professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Neio Lúcio Gualda, afirma que alguns dos entraves que levaram ao fechamento de empresas, principalmente nos dois primeiros anos de atividade, são a falta de planejamento e de disponibilidade de capital de giro. "Os proprietários investem todo o dinheiro na estrutura e começam a operar com capital de terceiros. Com as taxas de juros estão elevadas, o empresário acaba trabalhando para o banco, para pagar os juros", explica. E, quando há desaquecimento na economia, como no ano passado, o empresário não consegue cobrir sequer as despesas e acaba fechando as portas.

Na avaliação do gerente regional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebreae), Luiz Carlos da Silva, ao comparar o resultado da região de Maringá com o de Londrina, percebe-se que, embora o fechamento de empresas tenha superado em 167, a abertura foi de 889 firmas a mais para Maringá. "Nosso dinamismo de abertura de empresas é maior e estamos há vários anos nos posicionando como uma das cidades mais empreendedoras. Em números absolutos, conseguimos superar até mesmo Curitiba", aponta.

Caso se confirme a retomada da atividade econômica neste ano, Maringá e região poderão apresentar resultados melhor es conta da grande proporção de pequenas empresas de serviços, comércio e vestuário. "O salto é mais rápido porque essas empresas conseguem se instalar de maneira mais fácil", diz Tonin.

NA REGIÃO
"Outro fator que contribuiu para o desempenho menor ano passado foram os grandes eventos."
JOÃO RICARDO TONIN
Economista do Codem

TRÊS PERGUNTAS AO GERENTE DO SEBRAE... LUIZ CARLOS DA SILVA
'2015 vai precisar de muito pé no chão'

Para o gerente regional do Sebrae em Maringá, Luiz Carlos da Silva, este ano será de oportunidades para os empresariado ganhar dinheiro, mas para isto ele alerta sobre a necessidade ter planejamento adequado e boa gestão.

1 O que atrapalhou os pequenos empresários maringaenses no ano passado?
— Temos consciência que a economia não está das melhores, mas o fantasma criado foi muito maior do que realmente era. Criou-se um cisma no mercado. Com isso, os investimentos se retraem e o empreendedor espera mais para ver o que vai acontecer. Isso acaba criando um sentimento de esperar para ver, adiando os planos de empreender.

2 Como melhorar o desempenho dos negócios neste ano?
— O que temos falado para os empresários é que 2015 vai precisar de muito pé no chão, ter mais cuidado, mais cautela, fazer gestão mais bem feita e planejar melhor. Quanto mais preparado estiver, mais fácil passará pela crise. É preciso ter a cabeça nas nuvens, mas o pé tem que estar no chão. No sistema capitalista, enquanto tem gente chorando no funeral, que é o momento mais triste, outros estão vendendo lenço, flor e caixão. Avalio que será um ano em que muita gente ganhará dinheiro.

3 Como o empresário pode buscar auxílio?
— A primeira coisa é a predisposição do empresário em querer se ajudar. O cara precisa entender que a empresa é como uma pessoa e que precisa ser ajudada de vez em quando. Se ele não tem todo conhecimento necessário, pode ter auxilio do contador, do Sebrae e também é importante que seja associado a um entidade de classe para discutir problemas em comuns. Em Maringá, também existem programas de auxilio de gestão em parceria com a prefeitura.

Preparação e cautela para abrir um negócio

Via de regra, o sucesso de um empresário em qualquer atividade econômica passa pelo planejamento. Foi exatamente assim que o ex-jogador profissional de basquete, Marcelo Machado Pereira, 43 anos, fez. Já na reta final da carreira, após 20 anos dedicados ao esporte, ele começou a procurar opções para investir o dinheiro poupado.

"Fui buscar ajuda, entre elas a do Sebrae. Eu e minha esposa fizemos cursos via internet e fomos aprimorando o conhecimento. Para ter um suporte banaca e não bater cabeça é importante fazer isso. Tive ajudas bastante importantes de como fazer e como me relacionar", afirma.

Depois de muitas ideias e cursos de capacitação, Pereira decidiu que ser um franqueado no setor de serviços se encaixava melhor em seu perfil. Entre o final de 2013 e o começo do ano passado, o carioca radicado em Maringá abriu uma loja especializada em consertos e ajustes de roupas e sapatos, em um shopping da cidade.

"Nunca tinha administrado nada e estou aprendendo ainda, cada vez mais. Algumas pessoas que tenho contato são empresários bem sucedidos e esse contato também me ajudou", explica.

Segundo ele, o negócio engrenou no ano passado e a expectativa é que o retorno do investimento, classificado por ele como "considerável", venha nos próximos dois anos. "As coisas foram se encaixando. O shopping precisava de uma loja dessas, a clientela foi aumentando com o famoso boca a boca e o cronograma de retorno da atividade está nos melhores padrões possíveis", avalia.

Uma das explicações dele para o sucesso em um ano de economia desaquecida foi a atividade escolhida. "As pessoas compram roupa e precisam de ajuste ou não compram e precisam de um conserto, assim como o conserto de um sapato. Fico no meio termo", diz.

OPORTUNIDADE
"As coisas foram se encaixando. O shopping precisava de uma loja dessas, a clientela foi aumentando."
MARCELO PEREIRA
Empresário


NEGÓCIO. Marcelo Pereira na loja de consertos e ajustes de roupas e sapatos. —FOTO: J. C. FRAGOSO

FALÊNCIAS NO BRASIL
Os pedidos de falência no País diminuíram em 2014, segundo dados de duas empresas que monitoram esse tipo de transação: Boa Vista SCPC e Serasa Experian. De acordo com o Serasa Experian, os pedidos de falência recuaram, 5,5% ano passado na comparação com 2013, de 1.758 para 1.661 solicitações. Já segundo a Boa Vista SCPC, os pedidos de falência apresentaram queda de 1,3% em 2014. No ano passado, as falências decretadas recuaram 0,2%, também na comparação com 2013.

 

 

http://digital.odiario.com/zoom/noticia/1260242/mais-empresas-sao-fechadas-e-menos-sao-abertas-na-regiao/