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UEM abre processo contra empresa que reforma o RU

Comissão faz um diagnóstico da situação do Restaurante Universitário
Reitor sustenta que construtora não entregou cronograma de obras

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) abriu processo administrativo para apurar o não cumprimento de cláusulas contratuais pela empresa Palmital Gerenciamento de Obras Ltda., responsável pela reforma e ampliação da cozinha do Restaurante Universitário (RU), fechado há dois anos.

Uma comissão formada por quatro membros faz o diagnóstico da situação para elaborar um relatório final que será apreciado pelo reitor da instituição, o professor-doutor Mauro Luciano Baesso.

A reforma do RU foi alvo de fiscalização pelo Observatório Social, em 2013, que detectou suspeitas de irregularidades, a exemplo do pagamento de serviços que não foram executados. As denúncias resultaram em uma investigação do Ministério Público, que moveu uma ação solicitando o bloqueio do pagamento de notas de serviço. O caso foi parar na Justiça, que acabou liberando o pagamento por entender que, ao longo da obra, itens realizados, mas não oficializados por aditivos, compensavam serviços pagos e que não haviam sido realizados.

Um diagnóstico feito pela nova reitoria, que assumiu o cargo em 10 de outubro de ano passado, aponta que a reforma do restaurante está 75% concluída. Com o levantamento em mãos, foi convocada reunião entre a empreiteira Palmital e a universidade. Na época, o contrato da obra estava prestes a vencer e a UEM condicionou a permanência da empresa à apresentação de um cronograma para que a reforma fosse concluída o mais breve possível. A construtora, porém, segundo o reitor, não entregou o cronograma, o que motivou a instauração do processo administrativo. A Palmital Gerenciamento de Obras Ltda. também foi notificada, em 6 de janeiro, a suspender os trabalhos. "Nossa intenção é retomar a obra e terminá-la. Estamos trabalhando para que o RU funcione no dia 1º de março", diz Baesso. O ano letivo começa em 23 de fevereiro.

O engenheiro Rodrigo Vicente, sócio-proprietário da Palmital Gerenciamento de Obras Ltda. informou que o interesse da construtora é concluir o serviço. "Ganhamos uma licitação honesta para fazer a obra e queremos que o RU fique pronto para não prejudicar ainda mais os alunos. A gente quer o justo." A Palmital venceu a licitação no valor de R$ 1.129.707,69.

No final de 2012, antes de ser fechado para reforma, o RU servia refeições diárias, entre café da manhã a R$ 0,50 e almoço e jantar por R$ 1,60, cada.

 

http://digital.odiario.com/cidades/noticia/1264396/atraso-nas-obras-do-ru-motiva-processo/