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Mulher é achada morta no campus da UEM

Mulher é achada morta no campus da UEM

  • Roberto Silva



Corpo em adiantado estado de decomposição estava no interior de um bloco em construção; vítima não portava documentos.

Uma mulher aparentando entre 18 e 25 anos foi encontrada morta no início da tarde de ontem, no campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O corpo estava no terceiro andar de um prédio em construção e que há tempos vem servindo de abrigo para moradores de rua e ponto de consumo de drogas.

Dado o adiantado estado de decomposição do corpo, a Polícia Civil informou acreditar que o crime tenha ocorrido entre a tarde e a noite do último domingo.

O corpo foi localizado por volta das 14h, por um vigilante da universidade que fazia rondas no campus. O prédio, que abrigará o Departamento de Química, começou a ser construído em 2012, mas teve as obras suspensas no ano passado e ainda não há previsão para a retomada.

Levantamentos no local do crime indicam que a vítima começou a ser agredida em um cômodo na ala leste. Essa suspeita foi reforçada após o achado de um brinco, um cordão arrebentado, uma flor de enfeite e um bibelô de louça quebrado no chão. No local também estavam uma sacola contendo calçados femininos, objetos de uso pessoal e duas carteiras, uma delas com um comprovante eleitoral em nome de "Diego".

Pingos de sangue encontrados numa parede, ao lado da escadaria que leva ao andar inferior, indicam que a vítima teria tentado fugir do agressor, mas foi alcançada e atingida com uma pedrada na parte posterior da cabeça. Manchas de sangue em pedaços de tijolos, alguns deles quebrados, revelam que a jovem voltou a sofrer novas agressões até morrer. A maioria das pancadas se concentrou na cabeça e rosto. Posteriormente, o assassino arrastou o corpo para outra sala, na ala oeste, e o escondeu com um cobertor.

O delegado-titular da Delegacia de Homicídios, Diego Elias de Freitas Rodrigues de Almeida, confirmou que o corpo apresentava afundamento de crânio. Ele descreveu a vítima como como sendo loira, pele clara e cerca de 1m65 de altura.

O vice-reitor da UEM, Júlio César Damasceno, acompanhou o trabalho da perícia e disse que, apesar dos esforços e do trabalho constante de vigilância do campus, a direção tem dificuldades para controlar a entrada de pessoas estranhas. Ele admitiu que as construções paralisadas - 59 no total - acabam servindo de abrigo e ponto de encontro de usuários de drogas.


PARALISADO. Prédio em construção onde foi encontrado corpo de uma jovem no campus da UEM. —FOTO: ROBERTO MORAES

 

 

http://digital.odiario.com/policia/noticia/1269919/mulher-e-achada-morta-no-campus-da-uem/