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05/02/2015 às 22:00 - Atualizado em 05/02/2015 às 22:00
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DH elucida homicídio no câmpus da UEM
- Roberto Silva
A Delegacia de Homicídios de Maringá (DH) esclareceu na tarde desta quinta-feira (5) a morte da moradora de rua Solange Rodrigues Pesquero 37 anos, cujo corpo, em estado de decomposição, foi encontrado na tarde de terça-feira (3) no interior de um prédio em construção no câmpus da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O principal suspeito do crime foi preso quando se preparava para fugir da cidade. Um guardador de carros que acompanha o suspeito também foi detido para prestar depoimento.
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De acordo com o delegado-chefe da DH, Diego Elias de Freitas Rodrigues de Almeida, as investigações que levaram ao esclarecimento do crime tiveram início logo após a identificação do corpo, feita por dois presos – ex-namorados da vítima – que aguardam julgamento no minipresídio da 9ª Subdivisão Policial (SDP) e na Casa de Custódia de Maringá (CCM). Um dos presos reconheceu a vítima através de uma fotografia feita pela polícia na cena do crime e descreveu, com precisão, uma tatuagem que ela tinha na parte inferior das costas. O outro preso informou que havia visto a reportagem da morte na TV e afirmou ter reconhecido um cachorro que vagava pelo local do crime que, segundo ele, pertencia à ex-namorada.
No entanto, segundo o delegado, a identificação oficial só ocorreu na noite de quarta-feira, após peritos do Instituto de Identificação do Paraná concluírem o exame de confrontação das digitais da vítima. Após a identificação, a DH levantou nomes de algumas pessoas que eram comumente vistas em companhia da vítima, entre elas, o usuário de crack Paulo Cezar Franchinelli Canuto, 32 anos, também morador de rua.
Canuto foi encontrado por volta das 16h40 de ontem, momento em que se preparava para embarcar em um ônibus com destino a Cianorte em companhia de um amigo, um flanelinha de 35 anos, que também foi detido e levado para a sede da DH.
Em interrogatório, Canuto assumiu a autoria do crime sob alegação de que a vítima, com a qual namorava havia apenas uma semana, o teria humilhado e tentado atacá-lo com uma faca de cozinha após flagrá-lo fumando crack sozinho no interior da construção onde o crime ocorreu. "Ela xingou a minha mãe, acusando-a de ser prostituta. Fiquei muito irritado e bati com uma pedra na cabeça dela. Depois que vi o crânio dela afundado, arrastei o corpo, cobri com uma coberta e fugi", disse ele. A DH informou que outros detalhes do crime serão apresentados na manhã desta sexta-feira à imprensa.