Professores e servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) rejeitaram, por unanimidade, a proposta de reajuste
salarial que previa um acordo de três anos, em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino
de Maringá (Sinteemar) realizada na tarde desta segunda-feira (8) no Restaurante Universitário (RU) com a participação
de cerca de 400 pessoas. Com isso, o fim da greve da greve sequer chegou a ser votada pelos servidores que estão com as
atividades paralisadas desde 27 de abril. Pela proposta, construída por deputados estaduais e que tem aval do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), o primeiro
reajuste será de 3,45% e deveria ser concedido, em parcela única, em outubro deste ano. Em janeiro de 2016, o aumento
seria de 8,5%. Já para janeiro de 2017 era esperado outro reajuste, a ser definido pelo IPCA e mais 1% de ganho real,
além da inflação entre janeiro e abril. A data-base sofreria alteração apenas em 2016, quando seria antecipada para janeiro, e o próximo reajuste em relação
à revisão seria em maio de 2018. "Mesmo com essa nova proposta nós teríamos perdas que seriam recuperadas somente depois
de 2020", afirma o presidente do Sinteemar, Celso Aparecido do Nascimento. Nesta terça-feira (8) é a vez da APP-Sindicato votar a proposta em assembleia que será realizada na Vila Capanema,
em Curitiba, às 8h30. Na semana passada, o sindicato havia reafirmado o posicionamento em defesa do reajuste de 8,17% ainda
neste ano - que não é previsto nesta proposta. Para a tarde, também está marcada uma reunião do Fórum das Entidades
Sindicais (FES) que discutirá o posicionamento das bases e elaborar um documento para explicar o posicionamento dos
sindicatos. No final da tarde desta segunda-feira, o governador enviou uma nova mensagem para a Assembleia Legislativa do Paraná
(Alep) com o projeto de lei prevendo o reajuste dos servidores para os próximos três anos. O texto que passa a tramitar na
Alep é um substitutivo geral ao anteprojeto enviado anteriormente pelo Executivo.
http://maringa.odiario.com/maringa/2015/06/uem-rejeita-proposta-de-reajuste-e-mantem-greve/1413735/