Número de postulantes a uma cadeira no Legislativo é menor que na
eleição passada: são 65 candidatos a menos que no pleito de 2012
Maior chapa terá 158 nomes em busca de vaga na Câmara, e a menor, apenas um
A disputa pelas quinze cadeiras da Câmara Municipal de Maringá promete ser acirrada. Os eleitores vão escolher entre 259 candidatos que vão ser registrados em quinze coligações ou chapas puras. São 65 candidatos a menos que na eleição passada. O desafio deles é alcançar o coeficiente eleitoral para garantir os eleitos. O cálculo é feito a partir da divisão da quantidade de votos válidos pelo total de cadeiras existentes na Casa. Para Maringá, o coeficiente eleitoral esperado este ano é de 13 mil votos.
Na prática, quando o partido ou coligação atinge 13 mil votos na soma de todos os concorrentes do grupo, uma cadeira do Legislativo é garantida para o candidato do partido ou coligação que obtiver o maior número de votos. Como nem todas as vagas são preenchidas por essa regra, ganham as cadeiras excedentes os grupos que obtiverem o maior número de votos acima do coeficiente. Com a regra, ao mesmo tempo que cada candidato de uma coligação precisa do resultado dos companheiros de grupo, há também uma disputa interna, pois apenas os mais votados chegam à Câmara.
No que diz respeito ao apoio que os postulantes ao Legislativo vão dar para os candidatos à Prefeitura de Maringá, quem leva vantagem é da coligação de Silvio Barros (PP) e Akemi Nishimori (PR). Eles vão ter o apoio de 158 candidatos a vereador, que estão distribuídos em sete coligações e chapas. O partido de Silvio Barros, o PP, fechou coligação com o PPS e o PRTB. O PR, da vice, fechou coligação com o PSL, o PSDC, o PTC e o PSDB. Os dois ainda terão o apoio dos candidatos a vereador da coligação formada pelo PRB e pelo PHS, além da coligação do PMDB com o SD. O grupo político ainda tem os candidatos do PRP, do PTB e do PMN como aliados.
Além de Silvio, apenas o candidato a prefeito Wilson Quinteiro (PSB), que tem Francisco Favoto (DEM) como vice, conseguiu reunir o apoio de mais de uma chapa de vereadores. O PSB do candidato majoritário montou uma coligação de vereadores com o PSC e o DEM, do vice, fechou coligação com o PSD.
Em apoio ao candidato a prefeito Humberto Henrique (PT), há uma única coligação formada pelo PT, PC do B, PROS e PTN. Para o candidato a prefeito Ulisses Maia, o apoio das eleições proporcionais virá de uma chapa formada pelo PDT, PV, PPL e PEN. Entre os outros quatro candidatos, Flávio Vicente (Rede) terá quatro postulantes à Câmara como aliados.
O candidato Herculano Ferreira, PT do B, informou que o partido, coligado com o PMB, vai registrar dois concorrentes ao Legislativo, mesmo número informado pelo PSOL, que terá o investigador Nilson como candidato à prefeitura. O PSTU terá um candidato a vereador.
Na avaliação do professor doutor do Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Reginaldo Dias, os candidatos a prefeito que contam com um maior número de postulantes ao Legislativo levam vantagem. "É vantajoso porque formam uma tropa grande e, cada um dos candidatos à Câmara, tem uma tropa de infantaria. Às vezes, apesar disso, ocorre de um candidato a prefeito com menos vereadores ser eleito. Mas é um componente que todos os concorrentes buscam para potencializar as chances de vitória", disse.
No que diz respeito à renovação da Câmara, Dias afirmou que, se for mantida a média histórica, apenas cinco vereadores voltam em 2017. "O patamar histórico de renovação em Maringá é de dois terços", lembrou.