Funcionários ligados ao Sinteemar vão parar as atividades hoje e amanhã em protesto ao adiamento do pagamento da data-base
Governo do Paraná voltará a discutir reajuste quando quitar progressões e promoções
Servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) aprovaram ontem, em assembleia, uma mobilização, em Curitiba, para protestar contra a suspensão do pagamento da data-base. Funcionários ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino em Maringá (Sinteemar) decidiram parar as atividades hoje e amanhã.
À tarde, os trabalhadores da Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem) aprovaram paralisação nos dias em que o tema for discutido na apreciação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2017, com votações previstas esta semana na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Os sindicatos farão caravanas com servidores para acompanhar debates e votações na Alep. Em Maringá, a APP e o Sindicato dos Agentes Penitenciários do também programavam viagens à capital.
O Sinteemar, que além de docentes representa os técnicos da UEM, não fechará os portões da universidade. Dessa forma, as aulas poderão ocorrer normalmente desde que os professores não tenham aderido ao movimento. "Aprovamos a paralisação para levarmos os servidores na manifestação", afirma José Maria Marques, presidente do Sinteemar.
Segundo ele, por conta do confronto do dia 29 de abril de 2015, entre policiais e servidores, estão sendo feitas recomendações a quem vai acompanhar a votação em Curitiba. "A gente tem dito para o pessoal ir de tênis e roupa confortável para correr em caso de tumulto."
Ontem, a Comissão de Orçamento da assembleia aprovou, por quatro votos favoráveis e dois contrários, um substitutivo ao projeto da LDO. Ao substitutivo, foram apresentadas 65 emendas pelos deputados e pelo Poder Executivo. Por fim, o relator Elio Rusch (DEM) acatou 38 emendas na totalidade e duas parcialmente. Outras 24 foram rejeitadas e uma retirada a pedido do autor.
O relator incorporou ao texto original a emenda do governo do Estado, que garante o pagamento das progressões e promoções dos servidores, e o adiamento da data-base.
O líder da oposição, Requião Filho (PMDB) disse que a bancada entrou na Justiça contra o dispositivo que adia a data-base e pediu liminar para suspender a votação.
O governo do Estado já havia informado, semana passada, que vai pagar promoções e progressões de 2015 e 2016 e vai implantar o benefício em 2017. Foi anunciada ainda a equiparação ao piso regional dos salários abaixo do mínimo regional e o reajuste no auxílio transporte. O governo informou que voltará a discutir a data-base após pagar as dívidas com o funcionalismo. "O governo está determinado a manter o equilíbrio fiscal. Por isso, não é possível assumir compromissos que não serão honrados."
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