Os calouros do curso de medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM) passaram, assim como a maioria dos alunos que ingressam na instituição, pelo chamado “trote”. Nesta edição, no entanto, as brincadeiras que podem gerar constrangimento foram substituídas por ações solidárias. Como parte do ritual de ingresso no curso, os calouros têm que arrecadar caixas de leite que serão doadas às crianças da Associação de Apoio ao Fissurado Lábio Palatal de Maringá (Afim).
Na terça-feira (11), os novos alunos já visitaram a Afim e fizeram a brincadeira do Hospital do Ursinho, em que eles fazem o papel de médico e cuidam dos bichinhos de pelúcia como se fossem pacientes reais. De acordo com a organização do trote, essa brincadeira tem como objetivo acabar com o medo das crianças em relação ao atendimento e à figura do médico.
Em relação às doações de leite, a arrecadação continua até o dia 20 de abril e pode ser feita diretamente na sede da Afim (Rua Pitanga, 463 - Jardim Tropical) ou no Rei da Carne, Pães e Massas (Rua Neo Alves Martins, 2122 – Centro).
Fissura
A fissura labiopalatal, segundo a Afim, é uma alteração que ocorre durante a gestação, em que o bebê nasce com uma abertura na região do lábio, do palato (céu da boca) ou em ambos.
A fissura labial é uma abertura no lábio superior, de um ou dos dois lados, que pode acometer a gengiva e chegar até o nariz.
A fissura palatal é uma abertura no céu da boca, na região central, e pode ser pequena ou abranger toda a extensão desde os dentes até a úvula.
Já a fissura labiopalatal é quando a abertura ocorre tanto no lábio, quanto no palato, geralmente emendando-se. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a incidência de fissura labiopalatal no Brasil é de 1 para cada 650 nascimentos.