A Universidade Estadual de Maringá (UEM) está sem condições de empenhar despesas para as atividades do ensino em razão da não liberação de orçamento pelo governo do Estado.
Com isso, a instituição não tem dinheiro para pagar bolsas dos alunos de graduação e nem para empenhar qualquer material de consumo, tampouco para pagar os serviços prestados por empresas, comprar rações para os animais, alimentos servidos no Restaurante Universitário, kits de reagentes para o Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas, ou ainda fazer a aquisição de equipamentos para desenvolver projetos internos. Os recursos usados para estas despesas são oriundos da fonte 250, gerados pela própria universidade.
"É uma situação insustentável e pode levar ao fechamento da universidade", avisa o reitor Mauro Baesso. A reitoria vai agendar reunião com o governador Beto Richa sobre o assunto.
UEL
Situação parecida ocorre na Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde governo bloqueou R$ 6 milhões, fazendo o contingenciamento de recursos próprios e previstos no orçamento da UEL.
O bloqueio ocorreu terça-feira. No dia seguinte, diretores dos centros de estudos da UEL foram informados da medida, que afeta o desenvolvimento de atividades ligadas ao ensino, à pesquisa e à extensão, e suspende o pagamento de bolsas aos estudantes indígenas, mantidos por programas de permanência, já que a soma total foi retirada de duas fontes de recursos – as fontes 250 e 100.
A decisão do governo prejudica o andamento de projetos e programas desenvolvidos por alunos e professores da graduação da UEL, e impossibilita a compra de materiais de consumo: de itens de limpeza até insumos utilizados em laboratórios, assim como a manutenção de equipamentos.
Segundo o reitor em exercício da UEL, Ludoviko Carnasciali, a medida é uma "tentativa de retaliação" e é resultado da negativa da universidade em aderir ao sistema de gestão em recursos humanos, o Meta 4 RH-PR. "O bloqueio prejudica o ensino."
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