A UEM (Universidade Estadual de Maringá), no Paraná, assinou um convênio de cooperação com a Associação de Meditação Transcendental, que versa sobre um assunto que não possuiu nenhuma evidência científica.
Trata-se de mais uma “terapia integrativa”, que as universidades deveriam, no mínimo, questionar, e não promover.
A “meditação transcendental” foi inventada por Maharishi Mahesh Yogi (1918-2008) [foto], que é mais conhecido como o “guru dos Beatles”.
A pregação guru se tornou um negócio que movimenta milhões de dólares por ano em todo o mundo.
O início do convênio Maharishi-UEM foi marcado no dia 2 de abril de 2019 por uma palestra do ex-jogador do Barcelona Rubén Sánchez Yepes.
Ele falou em auditório da universidade sobre a aplicação da meditação transcendental nos esportes.
Apresentado como bacharel em “ciência védica de Masharishi” “coach de alto rendimento” e "coaching holístico", Yepes defendeu a promoção do “esporte baseado na consciência”.
Afirmou coisas como “a meditação transcendental é uma técnica de aceleração do máximo rendimento, que mora em cada um de nós, com integração entre físico, mental, emocional e transcendental”.
Yepes tem uma empresa de palestra que se chama Al200%.
Depois de terem se alastrado no SUS, as “terapias integrativas” começam a avançar nas universidades, com a conivência dos professores, como se vê em Maringá.
Com informação da UEM, Maharishi University, Al200% e outras fontes e fotos de divulgação.
https://www.paulopes.com.br/2019/04/maringa-pseudociencia.html#.XKXxejhKjZ5