No Conselho Universitário, foi votado o ato executivo 008/2011-GRE, que trata sobre o uso de entorpecentes ilícitos, bebidas alcoólicas e realizações de eventos.
Votei contra o Ato executivo 008/2011-GRE, juntamente com dois votos de acadêmicos conselheiros, e a favor do relato do pedido de vistas, pois penso eu que o ato executivo na forma de que foi feito sua essência me parece autoritária. Como foi bem dito por um conselheiro, os eventos na UEM devem sim ser comunicados a Reitoria e não solicitado autorização para sua realização, ferindo assim o artigo 5 Constituição Federal, onde se refere a manifestações livres em espaços públicos. A PEC deveria ter projetos durante os anos letivos para os discentes e dentre eles uma que contemplasse os saraus. A universidade deve garantir a realização desses eventos dentro da normalidade e regras já estabelecidas pelo COU. A própria universidade já vinha descumprindo a resolução que proíbe o uso de bebidas alcoólicas nos campus da UEM, realizando confraternizações setoriais com uso de bebidas com álcool, inclusive em inaugurações por parte de universidade, onde em coquetéis já foram servidos champanhes e/ou vinhos. Reconheço que essas falhas foram corrigidas, restando apenas por parte dos acadêmicos o infringimento dessa resolução, juntamente com o consumo de drogas (crack e maconha), conforme relato da vigilância. Porém, sabemos que o consumo de drogas no campus não somente por parte dos acadêmicos, mas também por servidores técnicos e docentes é evidente e, reflete a realidade de nossa sociedade nos tempos atuais. A flexibilidade da justiça em relação ao consumo de drogas contribui para o aumento de casos dentro e fora da UEM, pois trata o usuário como doente e não como traficante. Há na UEM, projetos que possam abarcar os casos existentes na universidade em todos os campis, o PROAÇÃO é um programa de ações sociais para casos como relatados aqui, já atendendo servidores docentes e técnicos. Diante desses fatos sou contra o Ato Executivo 008/2011-GRE da forma que foi concebido sem o auxílio dos conselheiros do COU, e a melhor forma de acerta-lo será uma nova escrita, a qual espero ser feita pela comissão votada por esse conselho. Aguardamos assim, que o ato executivo reformulado atenda a ansiedade dos acadêmicos, técnicos e docentes e a figura da Reitoria, e que seja feita da forma mais democrática possível, sob pena de retrocedermos ao tempo da ditadura, onde as penalidades não serão realizadas por força resoluções do COU e sim pela força de cacetes e torturas físicas.
http://bastidoresdauem.wordpress.com/2012/05/02/uma-reflexao-sobre-ao-ato-executivo-0082011-gre/