Segundo a
coordenadora da Vigilância Sanitária de Umuarama, Renata Pitito,
diferente do popular Aedes Aegypti, transmissor da dengue, o mosquito
talha não é urbano e não precisa de água para reprodução. “Se reproduz
em folhas úmidas ou em objetos em decomposição, como lixo”, explicou
Renata.
Todos os casos notificados da doença em Umuarama são de moradores de residências próximas a fundos de vale.
A Secretaria da Saúde de Umuarama realiza uma ação de conscientização da população para o combate ao mosquito. Além dos inseticidas aplicados, vigilantes sanitários orientam os moradores sobre os cuidados necessários na manipulação do lixo residencial.
“A população precisa ter cuidado no manejo do lixo, fechando bem os sacos porque o mosquito procura materiais orgânicos”, orientou o secretário de Saúde, José Gonçalves Dias Neto.
Todos os casos confirmados em Umuarama foram de lesões pigmentares, que causam feridas na pele. O professor do Departamento de Ciências Básicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Celso Vataru Nakamura, explicou que existe, ainda, uma lesão mais grave, a visceral, que pode causar a morte.
Ainda segundo Nakamura, o tratamento contra a leishmaniose, que não causa dores na fase pigmentar, é muito demorado. “Normalmente são injetadas doses da medicação na lesão, o que forma nódulos. É um tratamento doloroso e que leva de 120 a 150 dias”, explicou. O professor disse que muitas pessoas preferem não tratar a doença, o que não é indicado.
Moradores de Umuarama que apresentarem alguma ferida diferente no corpo devem procurar alguma unidade básica de saúde.